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Duelo entre Mauro e Fávaro alcança candidaturas do União e PSD em municípios-chave

Da Redação - Érika Oliveira

Desde que romperam a aliança política no ano passado, por ocasião das eleições de 2022, o governador Mauro Mendes e o então senador Carlos Fávaro, hoje ministro da Agricultura, vieram ampliando o distanciamento e consolidando cada vez mais seus grupos políticos como antagônicos. PSD e União Brasil, presididos por Fávaro e Mauro, respectivamente, vivem hoje situação de embate em municípios-chave de Mato Grosso, inclusive na capital.

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Cuiabá é o caso mais conhecido e de maior tensão. Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho já praticamente sacramentou sua ida para o PSD. Tem cumprido agendas ao lado de Fávaro e discutido, inclusive, aliança com outras legendas para robustecer seu eventual palanque. O parlamentar depende ainda, porém, de uma liberação para ser desfiliado do União Brasil.

Atravessando a ponte, a eleição em Várzea Grande também virou motivo de disputa entre as duas siglas. Nesta semana, Fávaro anunciou que o secretário de Educação, Silvio Fidélis, foi filiado ao PSD. Nos bastidores, a sigla irá buscar emplacar Fidélis na vice do atual prefeito Kalil Baracat (MDB), que buscará reeleição. No Município, o União Brasil de Mauro Mendes também irá tentar se manter na função, ocupada neste primeiro mandato do emedebista por José Hazama – Hazama era filiado aos quadros do antigo DEM e, de acordo com legislação eleitoral, não pode disputar o cargo novamente porque já foi vice-prefeito na chapa encabeçada por Lucimar Campos, em 2016.

A disputa também caminhou 509km ao Leste da capital e chegou ao município de Barra do Garças. Por lá, o União Brasil já anunciou a filiação do prefeito de Barra do Garças, Adilson Gonçalves, conhecido como Dr. Adilson, que estava filiado ao PSD e tentará reeleição. Fávaro, por sua vez, fechou com o ex-prefeito Beto Farias, que foi filiado ao União Brasil em abril deste ano, mas mudará para o PSD para também tentar voltar à Prefeitura.

Fávaro e Mauro Mendes se uniram politicamente em 2018, quando o hoje ministro da Agricultura rompeu com Pedro Taques, de quem foi vice, para apoiar candidatura do atual chefe do Paiaguás.

Em 2020, Mauro retribuiu a ajuda e se empenhou pessoalmente na eleição de Carlos Fávaro ao Senado, na eleição suplementar realizada naquele ano.

No ano passado, porém, os dois decidiram por um fim à aliança por conta do apoio de Mauro Mendes a Wellington Fagundes (PL), em detrimento da candidatura de Neri Geller (PP), que terminou perdendo a eleição.
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