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Minc diz para governador de MS ficar à vontade para sair do armário

Folha Online

Um dia depois de ser alvo de ataques pessoais do governador de Mato Grosso do Sul, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) ensaiou uma interpretação psicanalítica da agressão e convidou André Puccinelli (PMDB) a assumir a homossexualidade.

"Muitas vezes, pessoas que não admitem seu homossexualismo tentam agredir os gays, algo que ele não aceitam dentro deles. Sou um defensor dos homossexuais. O governador fique à vontade, ele pode sair do armário, ele pode ficar tranquilo", disse Minc, que ganhou o apoio do colega Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia).

Tradicionalmente calado, Rezende chamou o governador do Mato Grosso do Sul de "troglodita de direita", em debate sobre a proteção da Amazônia.

Ontem, durante encontro com empresários do setor sucroalcooleiro, Puccinelli disse que o ministro do Meio Ambiente "é veado e fuma maconha". Disse ainda que "ia correr atrás dele [ministro] e estuprá-lo em praça pública" caso Minc fosse a Campo Grande. Mais tarde, diante das repercussões, Puccinelli se referiu aos ataques como "brincadeira".

"O governador se revelou um estuprador do Pantanal", reagiu Minc hoje. "Vou continuar defendendo que o nosso etanol seja 100% verde, independentemente da histeria do governador, um comportamento incompatível com o exercício do cargo", disse o ministro.

A reportagem não conseguiu localizar a assessoria de Puccinelli para comentar as declarações de Minc de hoje. Puccinelli esteve em Brasília, na sede provisória do governo federal, mas saiu de lá sem conversar com a imprensa.
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