A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu, nesta quinta-feira (25), o abrigo dado pela Embaixada do Brasil em Honduras ao presidente deposto do país, Manuel Zelaya. Ela criticou o fato de o governo interino de Honduras ter pedido que a embaixada entregue Zelaya.

"Não acredito que ninguém civilizado vai propor que você entregue quem lhe pediu asilo", afirmou.

Zelaya foi deposto no dia 28 de junho por um golpe militar e retirado do país. Ele esteve na Costa Rica e na Nicarágua. Na última segunda (21), chegou à embaixada brasileira em Tegucigalpa.

O governo brasileiro condena o golpe e apoia o retorno de Manuel Zelaya a Honduras. O governo interino de Honduras pediu que a embaixada entregue o presidente deposto. O presidente interino Roberto Micheletti diz que o governo brasileiro será responsável por atos de violência que possam ocorrer perto da sede diplomática.

Dilma defendeu a "instituição" do asilo e do abrigo e classificou esses instrumentos como "bens civilizatórios". "Não temos de opinar se gostamos ou não sobre a presença de Zelaya na embaixada brasileira. O que temos de saber é que a embaixada brasileira é território brasileiro. E isso temos que garantir", afirmou

Ela lembrou que, no Brasil, várias lideranças se beneficiaram do asilo político. "Até no nosso país, as lideranças que hoje estão em vários lugares do Brasil se beneficiaram do asilo. Então, a gente tem que ter respeito por ele", afirmou a ministra.