A pendenga judicial que vem sendo travada pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a empreiteira de Mato Grosso Geosolo, com relação a uma dívida de R$ 2 milhões, pode atrasar as obras do aeroporto Marechal Rondon, consideradas vitais para Cuiabá sediar a Copa do Mundo de 2014.
Segundo fontes do setor jurídico da Infraero, uma licitação para obras de ampliação do aeroporto já foi realizada e vencida também pela Geosolo. Contudo, a própria Infraero decidiu anular o processo licitatório de forma unilateral, fato que aumenta o risco de uma nova batalha judicial.
Além da disputa jurídica pela cobrança dos R$ 2 milhões que a Geosolo sustenta ter de crédito com a Infraero, uma nova contenda poderá ocorrer nos Tribunais de Mato Grosso e em Brasília.
A Infraero informou por meio do diretor de Engenharia e Operações da Infraero, João Jordão, que foi pago para a empreiteira o valor de R$ 125 mil, porém após o pagamento a Geosolo reivindicou um novo valor. Sendo assim, a companhia entende que a dívida foi quitada e não pretende ceder, deixando o caso nas mãos da Justiça.
Ouvidor pela reportagem do
Olhar Direto por telefone o sócio-proprietário da Geosolo, José Mura Junior, garantiu que a dívida existe e lamentou o teor das declarações do diretor de engenharia da Infraero.
“Lamento que ele (o diretor) desconheça o caso. Alias só pode ser desconhecimento da parte dele porque existe uma ação de cobrança da dívida, mas é um direito líquido e certo porque a própria Infraero acertou que as obras foram executadas”, declarou.
A Geosolo já propôs três ações contra a Infraero na Justiça federal em Brasília, todas com intuito de reparar os danos causados pelo não pagamento. A primeira ação, uma executiva de cobrança, visa obter o reconhecimento da dívida em ação de sustação de protesto.
Atualizada às 17h55min
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