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Notícias / Ciência & Saúde

Pesquisadores da UFMT desenvolvem película biodegradável para conservação de alimentos

Da Redação - Rodrigo Moura

Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), sob a coordenação da professora Elaine Cristina Lengowski da Faculdade de Engenharia Florestal (FENF), apresentam avanços significativos no desenvolvimento de uma película nanoestruturada biodegradável para embalagem de alimentos. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), o projeto utiliza nanocelulose e amido como principais componentes, proporcionando maior tempo de armazenamento e preservação de nutrientes.

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A inovação na metodologia está na aplicação de materiais nanométricos extraídos da celulose da madeira, conferindo à película características como elevada transparência, impermeabilidade ao ar e propriedades mecânicas. Aditivos naturais, como tanino e extrato de teca, não apenas proporcionam uma tonalidade marrom clara, adequada para certos alimentos, mas também apresentam propriedades antifúngicas e antimicrobianas, aprimorando a conservação.

A professora Lengowski destaca a importância das florestas e da agricultura como fontes renováveis de matérias-primas, alinhadas ao conceito de biorrefinarias. O projeto, aprovado pela Fapemat, não apenas impulsionará a reativação do laboratório de celulose e papel da UFMT, mas também representa um passo significativo em direção a produtos ecologicamente menos agressivos ao meio ambiente.

O produto desenvolvido não se limita à biodegradabilidade; sua composição natural favorece a troca de gases e umidade, melhorando as condições de armazenamento dos alimentos. Essa iniciativa promissora ressalta a busca por soluções sustentáveis na indústria alimentícia, alinhando-se aos princípios da ecoeficiência e responsabilidade ambiental.
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