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Após impasse com Mendes, Dilmar sinaliza que fica no União e diz que Botelho deve concorrer à prefeitura pelo partido

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Max Aguiar

Após um impasse que levou o deputado estadual Dilmar Dal Bosco a entregar uma carta de desfiliação do União Brasil, a relação entre ele e o governador Mauro Mendes, presidente do partido, parece ter voltado à normalidade. Há cerca de 40 dias, Dilmar renunciou ao cargo de secretário-geral do União descontente com as decisões internas alegando que estaria sem a senha do partido, fato que, segundo ele, estaria dificultando a montagem de diretórios municipais. 

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No entanto, nesta quinta-feira (30), no ato de filiação do União Brasil em Várzea Grande, cidade com forte influência de caciques da sigla como Jayme Campos e Julio Campos, Dilmar baixou a guarda, sinalizou que permanecer no União e disse mais: que o governador Mauro Mendes não deve assinar nenhuma carta de liberação e que Botelho deve permanecer no partido para concorrer às eleições em 2024.  Segundo Dilmar, ele voltou a ter a “senha” do partido. 

“Conversei muito com o governador Mauro Mendes. Conversei na sexta-feira passada e ontem. Ele liberou a senha para que eu possa ter acesso. Isso está sanado e resolvido. Está com o governador a carta para que ele possa fazer uma análise se vou ou não liberar [a minha saída]”, disse. “Eu acredito que o governador não vai liberar ninguém. Nem mesmo o Botelho deve sair. Ele deve ser o candidato a prefeito de Cuiabá pela União Brasil”, acrescentou. 

Nesta quinta-feira (29), Dilmar e Mendes viajaram juntos até Sinop, reduto eleitoral do deputado estadual. Essa viagem havia sido comentada pelo parlamentar como uma oportunidade de alinhar as divergências e entraves surgidos nas últimas semanas. 

“Eu vejo o seguinte: o partido do União Brasil vem de uma história que não podemos esquecer. Ela vem do antigo PDS, antiga Arena, PFL, Democratas, e União Brasil. Nós não podemos pegar toda essa história e rasgá-la. Temos que respeitar”, destacou Dilmar. 

“Por isso, eu falei: se eu fui presidente do partido, tinha autonomia para fazer qualquer modificação dentro do PFL, Democratas, e eu era secretário e não tenho autonomia [no União], não tenho a senha... Por isso eu entreguei minha carta de secretário no dia 20 de outubro”, finalizou.
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