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Professor pega 17 anos por matar jovem em ritual em MG

Terra

O professor de artes marciais acusado do homicídio de um adolescente de 15 anos, em outubro de 2004, foi condenado nesta sexta-feira a 17 anos de prisão, no I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte (MG). O professor, acompanhado de dois menores, praticou o crime como meio de realização de rituais satânicos.

De acordo com a denúncia, o jovem foi atraído para a academia de kung fu do réu, localizada no centro de Betim. Ele teria sido dominado e obrigado a ingerir bebida alcoólica. Em seguida, conforme a acusação, o adolescente foi assassinado a facadas pelo acusado, que teve ajuda dos dois menores.

Os sete jurados que participaram da sessão reconheceram a autoria do crime e decidiram acolher as qualificadoras (homicídio por motivo torpe, com a finalidade de ocultar outro crime e recurso que impossibilitou defesa pela vítima).

Além das provas apresentadas, a promotoria alegou que o delito foi cometido com o objetivo de ocultar outro crime, o de extorsão mediante sequestro, ocorrido no dia 28 de setembro de 2004.

A defesa insistiu que não havia provas suficientes para a condenação, já que ninguém viu o réu com a vítima no dia do acontecimento. Ela sustentou que o professor deve ser julgado pela morte do jovem e não por outro crime e alegou que não faria sentido alguém cometer um assassinato para ocultar outro crime.

O acusado, que está preso na Penitenciária José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves, vai continuar na carceragem. O juiz Carlos Henrique Perpétuo Braga fixou a pena em 14 anos de reclusão, mas elevou-a para 17 anos ao reconhecer como agravantes as qualificadoras sustentadas pela Promotoria de Justiça.

A decisão, de primeira instância, está sujeita a recurso.
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