Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Realidade aumentada na veia

AE

Outra aplicação interessante da realidade aumentada na medicina se dá com o equipamento VeinViewer, que rastreia o calor das veias e interpreta digitalmente onde elas estão. O aparelho emite raios infravermelhos que medem a temperatura corporal e acha as veias porque elas são mais quentes que os tecidos ao seu redor.

“Isso praticamente elimina da dor que um erro médico pode causar, quando por exemplo picamos a veia errada”, explica o cirurgião vascular Kasuo Miyake, o primeiro a importar o aparelho para o Brasil e o responsável por adaptá-lo ao tratamento de varizes. Ainda um equipamento caro (R$ 120 mil), o VeinViewer “pode ajudar tanto a solucionar problemas quanto no diagnóstico deles”, segundo Miyake.

Um aparelho assim, que usa a realidade aumentada para mapear o nosso sistema de circulação, é uma alternativa menos invasiva (ou nem um pouco invasiva) àqueles pacientes que, por exemplo, passam por quimioterapia e têm de levar diversas injeções por dia. Miyake ainda destaca a possível aplicação do VeinViewer para tratamentos estéticos como, por exemplo, aplicações de botox. “Muitas vezes erram de veia na hora da aplicação e a pessoa sai de um tratamento estético com um olho roxo. Isso, além de ser desagradável, prejudica a recuperação”, explica.

Utilizado na Clínica Miyake desde 2005, o Vein Viewer foi adaptado para o tratamento de varizes, mas não se limita a isso. “Os resultados que conseguimos com o aparelho, usando realidade aumentada, são positivos e foram apresentados em congressos mundiais de Medicina, mas podem ser usados em outras áreas. A principal vantagem é sabermos onde estão as veias mais profundas, sem a necessidade de cirurgia, e com facilidade”, finaliza Miyake.
Imprimir