Para Marcelo Falcão, uma pessoa que se veste bem é aquela com personalidade. O vocalista da banda O Rappa acredita que o importante na hora de escolher o que usar é sentir-se bem consigo mesmo. Engana-se quem acha que moda não é coisa para homens como ele. Aos 36 anos, Falcão tem uma grife de roupas masculinas, a Jonny Size, e não tem vergonha de dizer que gosta do negócio – e não é de hoje.

O cantor é fã da influência das ruas e, para ele, roupa não é sinônimo de enfeite. “Acredito em várias formas de expressão e o que escolhemos para vestir é uma delas”. A tendência da moda não é o fundamental.

“O que vale para mim como estilo é estar bem, me sentir bem com o que estou vestindo. vestir-se não significa seguir uma tendência, mas, sim, um estado de espírito, de comportamento”.

Para ele, pessoa estilosa é aquela que tem personalidade. “Principalmente aquela que não fica presa a conceitos pré-estabelecidos. Quem quebra com o convencional, tem opinião e diz o que pensa. Essa pessoa não tem como não ter estilo e personalidade ao se vestir. Não passa em branco em nada”.

Falcão gosta de roupas largas e diz que no palco o conforto é peça chave na produção. “Gosto de ter a sensação de estar livre”. Ele usa camisetas no maior tamanho possível durante as apresentações. “Uso duas camisas sobrepostas, sempre”.

No armário, ele não abre mão de bermudas, camisetas, calças, botinas, bonés e bandanas. “Essas peças, para mim, são indispensáveis e é o que eu mais gosto de usar”, revela. A roupa preferida? “Bermuda e camiseta”.

O cantor é fã da combinação bermuda e camiseta

O cantor, que vê a moda como arte, lançou a Jonny Size há três anos depois de ver a mãe e a tia fazerem suas roupas. “Antes de ter a marca, minha mãe e tia faziam minhas roupas. Elas tiveram, há anos, uma marca de roupa feminina e sempre curti procurar tecidos diferentes, que não eram tão simples de encontrar. As duas, então, começaram a desenvolver algumas peças pra mim. Acabou que gostei do negócio e quis compartilhar com meus fãs”.

A grife é baseada em três conceitos - respeito, sustentabilidade e cultura – e, segundo ele, vai além do que usamos por aí. Ele explica: “É fazer o bem, estar bem e se vestir bem. A cultura está ligada à arte e estamos, através do produto, levando esse tipo de informação. No mundo de hoje, a sustentabilidade virou obrigação e o respeito é uma forma de pregar a união dos povos”.

A marca não tem loja própria, mas aposta na rede para fazer a sua divulgação. Além de site, blog e álbum de fotos, ela também está no Twitter. “A marca atinge diversas tribos, sem nenhum preconceito. Acredito que, por isso, está tendo uma receptividade muito grande”.