Comitiva de deputados estaduais foi até o Ministério das Cidades, em Brasília, nesta terça-feira (2), buscar uma solução para o conflito urbano em uma área na região do Contorno Leste, em Cuiabá, conhecida como Brasil 21. No encontro com o ministro Jader Filho, a vice-presidente da Conab, Rosa Neide (PT), e o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), tiveram autorização para organizar uma nova reunião com representantes do governo estadual e municipal para uma saída definitiva.
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“Conseguimos dele autorização para discutir com o governo estadual e a prefeitura o encaminhamento para que as famílias possam ter moradia. Já temos a iniciativa de cadastro das famílias, feito pela UFMT, acompanhado pela Defensoria Pública. Agora, é o estado e o município sentarem e resolverem a questão do terreno”, afirmou Rosa Neide ao Olhar Direto.
“Todas as lideranças políticas de Cuiabá devem se empenhar para ter o projeto financiado pela Caixa Econômica Federal e pelo governo federal, para que aquelas famílias possam ter dignidade”, acrescentou.
De acordo com Botelho, além da atuação pela solução definitiva do problema, a Assembleia irá atuar de forma emergencial para suspender as ordens de desocupação da área invadida, até que as mais de 3 mil famílias tenham um novo local para morar.
Jader Filho externou sua solidariedade às famílias e colocou o governo Lula à disposição para encaminhamento de solução. Porém, destacou que o governo do Estado de Mato Grosso e a prefeitura de Cuiabá precisam entrar em entendimento sobre a desapropriação dessas áreas do Contorno Leste, que são alvo de disputa judicial. "Estou à disposição do Estado e da prefeitura para que juntos encontremos uma solução. Mas antes, governo e prefeitura precisam de um entendimento sobre a desapropriação da área", disse.
O deputado estadual Valdir Barranco (PT), que acompanhou a comitiva, afirmou que já tratou sobre o tema com a Caixa Econômica Federal e a instituição garantiu financiamento para a construção de habitações populares. É preciso apenas o acordo entre estado e município para a elaboração do projeto.
“Nós já tínhamos avançado no diálogo com a presidência da Caixa, que se comprometeu a alocar recursos para a construção das habitações. Agora, é algo que precisa ser consolidado”, ressaltou.