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CRE volta a se reunir nesta terça para discutir a situação de Honduras

Da Redação - Agência Senado

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza reunião extraordinária nesta terça-feira (29) para analisar a situação em Honduras. De acordo com o presidente do colegiado, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), os senadores deverão discutir a necessidade de os seguidores do presidente deposto Manuel Zelaya deixarem a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde estão há mais de uma semana, ficando no local apenas Zelaya e sua família.

- Parece fundamental que o Brasil, para não perder a razão, não permita o uso político de sua embaixada. Essas 60 pessoas devem sair, permanecendo apenas Zelaya e sua família - disse Azeredo em entrevista à Agência Senado.

O presidente da CRE frisou que a Embaixada do Brasil não pode ser invadida pelo governo hondurenho, mas observou que o governo brasileiro também precisa exigir respeito às instalações de sua missão diplomática, não permitindo a realização de manifestações políticas em suas dependências. Azeredo lembrou que quando brasileiros tiveram que se refugiar em embaixadas de outros países, na época do regime militar, eles evitaram se manifestar politicamente.

A Comissão de Relações Exteriores também deverá discutir a necessidade de o governo brasileiro definir juridicamente qual a situação de Zelaya na embaixada - isto é, se é um asilado político ou se tem outra status. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, chegou a afirmar que Zelaya estava na condição de "abrigado".

Manuel Zelaya está na embaixada brasileira desde segunda-feira passada, acompanhada por familiares e dezenas de seguidores. A imprensa tem noticiado que o presidente deposto estaria usando as instalações da missão diplomática brasileira como comitê político, incitando a população local contra o governo que o derrubou
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