A pecha de “traidor”, para muitos, já colou no ministro Carlos Fávaro. Ele foi vice-governador de Pedro Taques e rompeu antes do fim do governo, durante crise de popularidade do então aliado, e pulou do barco para o grupo do hoje governador Mauro Mendes. Ao lado do atual governador, se elegeu senador e de lá mudou de lado mais uma vez, apoiando Lula na campanha presidencial e pavimentando seu caminho para se tornar ministro – mesmo com isso ajudando no projeto eleitoral que enfrentou Mauro Mendes. Agora, diante do desastroso leilão para aquisição de arroz, exonerou seu [então] aliado Neri Geller da Secretaria de Política Agrícola do Mapa. A exoneração foi “a pedido” de Geller, mas o problema é que Neri em momento nenhum pediu para sair, como fez questão de deixar bem claro. Nas entrelinhas, ficou subentendido que Fávaro talvez tenha deixado o companheiro pelo caminho para dar uma resposta rápida à sociedade e salvar a própria pele. A piada do momento é que se for confirmada mais uma traição de Fávaro, o ministro já pode pedir música no Fantástico.