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Notícias / Picante

​Cortina de fumaça

Da Redação

Desde que teve sua exoneração anunciada na esteira das supostas irregularidades no leilão de arroz, o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Neri Geller lançou ao público uma “polêmica” sobre seu desligamento, ao desmentir o ministro Carlos Fávaro (PSD) e dizer que não saiu “a pedido”. Coube ao ministro explicar que disse a Neri por telefone sobre a necessidade de desligamento do MAPA diante da gravidade das suspeitas e sugeriu que a exoneração fosse registrada como “a pedido”, em uma espécie de gentileza, para que Neri não saísse do episódio como “demitido” aos olhos do público. Segundo Fávaro, Neri teria dito algo como ‘faça como achar melhor’ e assim foi feito. A grande questão é que esse debate soa como mera “picuinha” e desvia a atenção para o que deve ser esclarecido: qual a explicação para o fato de uma empresa do ex-assessor de Neri e também sócio do filho do ex-secretário ser a intermediadora de empresas que venceram três das quatro propostas de um leilão feito após uma tragédia sem precedentes no sul do país e que tinha a intenção de garantir arroz no prato do povo brasileiro? 
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