Mais de R$ 970 mil subtraídos de vítimas em crimes de estelionato foram bloqueados pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, foram deflagradas sete operações, resultando em nove prisões entre flagrantes e cumprimento de mandados judiciais. Também foram cumpridas oito ordens de busca e apreensão.
Leia mais
Homem é preso após matar própria mãe a facadas em frente a mercado da família
Os trabalhos resultaram também na apreensão de materiais eletrônicos, como computadores, aparelhos celulares, tablets, notebooks e pendrives, para apuração de delitos considerados de alta complexidade, praticados por meio virtual.
Em fevereiro, foram desencadeadas duas importantes operações: a terceira fase da “Fake News” e a “Filius Falsus”. No mês de março, a equipe da DRCI deflagrou a Operação “Infância Protegida”. Já em maio, foram quatro operações: “Bad Vibes III”, “Artemis Fronteira”, “Sugar Crime” e “Kill Switch PCDF”, esta última em apoio à Polícia Civil do Distrito Federal.
O comparativo entre o 1º semestre de 2023 e de 2024 aponta o crescimento da produtividade com o aumento significativo de 4.200% no número de inquéritos policiais concluídos, passando de 1 para 43 IP conclusos.
A DRCI também apresentou crescimento de 106,25% na quantidade de inquéritos policiais instaurados, indo de 16 no ano passado para 33 neste ano.
Entre outros destaques estão as intimações expedidas, que subiram 316,07%, saltando de 56 para 233, e as intimações cumpridas, que cresceram 318,87%, de 53 para 222.
Avanço tecnológico
A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos foi instituída pela Polícia Civil em 2020 e integra a Diretoria de Atividades Especiais (DAE), tendo como foco principal a apuração de crimes cibernéticos próprios, ou seja, aqueles que envolvem invasões de dispositivos informáticos, sequestros de dados por meio de malwares e outras situações que atingem a inviolabilidade de dados e/ou de informações, e apoio nas investigações sobre crimes impróprios, ou seja, delitos comuns que usam como meio a internet, como estelionato, furto mediante fraude, extorsão e crimes contra a honra, realizadas por outras delegacias do Estado.
As investigações da DRCI estão em constante avanço devido às tecnologias e ao uso indispensável da internet, tanto para trabalho, compras, vendas ou entretenimento, o que faz com que o mundo virtual seja um ambiente de atuação de criminosos nas diferentes modalidades de delitos.
Entenda abaixo alguns dos crimes investigados pela DRCI:
Estelionato virtual
É considerada a modalidade de crime de alta recorrência virtual e a criatividade dos golpistas com a finalidade de subtrair valores de vítimas não para. A cada dia surgem novos delitos utilizando o meio da internet.
Entre os golpes com maior número de vítimas estão o golpe do amor, o golpe do intermediador de vendas, golpe do motoboy e golpe por meio do aplicativo de celular WhatsApp.
Invasão de dispositivo informático
Ocorre com a invasão de dispositivo informático e, consequentemente, o furto qualificado praticado contra pessoas jurídicas ou físicas.
Fake news
A DRCI também apura ocorrências de notícias falsas relacionadas à pandemia do coronavírus, entre outras divulgações duvidosas, fictícias ou de procedências enganosas.
Pedofilia
A DRCI é a unidade responsável pela coordenação em Mato Grosso da Operação Luz na Infância, que integra uma mobilização nacional de combate aos crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. A operação é articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.