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População quilombola de Mato Grosso tem taxa de analfabetismo de 13,45%

Da Redação - Mayara Campos

A taxa de analfabetismo das pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade em Mato Grosso é de 13,45%, segundo dados do Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este índice é mais que o dobro da taxa estadual de analfabetismo, de 5,81%.

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Em Mato Grosso, a população quilombola apurada na operação Censitária foi de 11.729 pessoas, correspondendo a 0,32% do total da população mato-grossense. Deste quantitativo, 958 pessoas (8,17%) estavam localizadas nos quatro Territórios Oficialmente Delimitados: Mata Cavalo (711) Lagoinha de Baixo (63), Campina de Pedra (54) e Laranjal (148). A distribuição de pessoas quilombolas fora dessas áreas foi equivalente a 10.771 correspondendo a 91,83% da população quilombola.

Os resultados do Censo também mostram que no estado havia 9.145 pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade vivendo dentro e fora de territórios oficialmente delimitados, das quais 7.915 sabiam ler e escrever um bilhete simples (alfabetizadas) e 1.230 não sabiam (analfabetas).

A partir desses totais populacionais, a taxa de alfabetização dos quilombolas, no estado, foi 86,55% em 2022, abaixo da taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais em todo o Brasil que foi de 93%, e 94,19% em Mato Grosso. Entretanto, o estado figura acima da taxa de alfabetização da população quilombola nacional, que foi 81,01%.

“Analisando a taxa de analfabetismo das pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade residentes no território mato-grossense, quando comparada com a taxa da população geral com 15 anos ou mais, verifica-se que é mais elevada em todos os grupos de idade, com maior diferença a partir do grupo de 25 a 34 anos de idade, o que denota menores oportunidades educacionais dos quilombolas em relação à população residente”, diz trecho do estudo.

De acordo com o IBGE, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais reflete o acesso à escolarização na idade adequada em gerações passadas e aos programas de alfabetização para jovens e adultos para aqueles que não tiveram acesso à escolarização na idade adequada.
 
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