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Notícias / Cidades

Incêndio em casa de artigos religiosos foi motivado por intolerância religiosa, diz coletivo

Da Redação - Rodrigo Costa

O Coletivo Aájò, organização que atua na defesa da liberdade religiosa e dos direitos humanos, afirmou que o incêndio supostamente criminoso destruiu uma loja de artigos religiosos localizada em Várzea Grande, na última terça-feira (3), foi motivado por intolerância religiosa. 

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Uma câmera de segurança flagrou um homem causando o incêndio na loja. O fato aconteceu na rua Benedito Monteiro, esquina com a Avenida Couto Magalhães, no centro do município.

Em nota, a entidade manifestou repúdio ao ocorrido, classificando o ato como um ataque à liberdade de crença e à diversidade religiosa. A entidade ressalta que o crime não se limita à destruição de um patrimônio, mas representa um atentado contra os direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal.

“Este ato criminoso, que visou um estabelecimento de artigos religiosos, não é apenas um ataque ao patrimônio, mas, sobretudo, um atentado contra a liberdade de crença e a diversidade religiosa garantidas pela Constituição Federal. A Lei 14.532, sancionada em 2023, reforça que crimes como este, acrescenta a injúria e cria o crime de injúria racial coletiva, além de prever novas penas para casos de racismo em religiões, atividade esportivas e recreação, configurando o ato como racismo religioso, devendo ser punidos com rigor”, diz trecho da nota. 
 
O Coletivo Aájò alerta que esse tipo de ocorrência não pode ser interpretado como um fato isolado, mas sim uma manifestação da intolerância que atinge, principalmente, as religiões de matriz africana e outras minorias religiosas. A organização exige das autoridades uma “apuração célere e rigorosa dos fatos, com a responsabilização criminal do autor”. 

“O Coletivo Aájò, tem o cunho de combater qualquer ato de discriminação e ou preconceito, que envolva à intolerância e racismo religiosa, razão pela qual nos juntamos nessa luta, em prol da proteção do direito à liberdade religiosa, garantir de que cada cidadão, tenha atendido o direito a sua religiosidade ou mesmo a ausência da crença religiosa ou divina, por ser o Brasil um Estado laico”. 

“Sendo assim, não toleraremos em nenhuma hipótese tais práticas. Reafirmamos nosso compromisso com a luta contra o racismo religioso e exigimos respeito à liberdade de crença de todos os cidadãos e cidadãs deste país”, completa.   
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