Imprimir

Notícias / Cidades

Pesquisa aponta desabastecimento de vacinas em 63,8% dos municípios de MT; ministério diz que mantém envios regulares

Da Redação - Rodrigo Costa

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que 63,8% das cidades de Mato Grosso enfrentam desabastecimento de vacinas, principalmente para a imunização infantil. A principal causa apontada para essa situação é a distribuição insuficiente de doses por parte do Ministério da Saúde.

Leia também
Botelho amplia vantagem na Quaest e lidera intenções de voto com 33%; Abílio e Lúdio empatam tecnicamente


A CNM alerta para a gravidade do problema e diz que a baixa cobertura vacinal pode levar a um aumento nos casos de doenças imunopreveníveis e contribuir para o aumento da mortalidade infantil. Esse cenário, diz a confederação, reflete precárias condições de vida e saúde, e baixo nível de desenvolvimento social e econômico.

Para a elaboração deste estudo foi conduzida uma pesquisa, aplicada via call center da Confederação Nacional de Municípios, nos dias 2 a 11 de setembro. A amostra compreendeu 2.415 Municípios de todas as Unidades Federativas.

Principais imunizante em falta reportados pelos municípios
Ao se analisar estado, observa-se que 83,7% (128) dos municípios de Santa Catarina relatam falta de vacinas, seguido do Pernambuco, com 80,6% (58), e Paraná, com 78,7% (155) dos Municípios afetados.

O Ministério da Saúde é o responsável por fazer a aquisição e a distribuição de todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação para os Municípios, e os Estados de proverem seringas e agulhas para os Municípios realizarem a vacinação na população.

A pesquisa apontou, ainda, que há falta de vacinas contra a Covid-19 para adultos em 269 municípios. Dados da Fiocruz demonstram um crescimento de 66% de casos da doença, entre os meses de julho e agosto deste ano. Ou seja, o vírus ainda circula e continua causando infecções graves e óbitos. 

Outro cenário que vem preocupando a saúde pública municipal são os surtos de coqueluche, com duas mortes de crianças já confirmadas este ano. O último óbito, à título de comparação, havia ocorrido em 2021. Esta doença já afastou milhares de crianças de suas famílias nos anos 90. 

“A CNM, preocupada com a proteção da população brasileira, alerta que é grave a falta de vacinas nos Municípios e há uma urgência de o Ministério da Saúde disponibilizar os imunizantes para vacinar as crianças e suas famílias”, diz trecho do estudo. 

Em nota, o Ministério da Saúde diz que mantém "envios regulares de vacinas aos estados, que são responsáveis por abastecer os municípios".

A pasta afirma ainda que não há falta generalizada de vacinas no Brasil. "O levantamento da CNM traz questões pontuais para as quais o Ministério da Saúde adota estratégias para manter a vacinação em dia e a proteção da população. Essas ações são realizadas em diálogo constante com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)", diz a nota.
Imprimir