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"O Botelho não passou e a vida segue", diz governador sobre apoio a Abilio Brunini

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou nesta segunda-feira (14) que não há cenário de terra arrasada com a derrota de Eduardo Botelho (UNIÃO) para a Prefeitura de Cuiabá. “O Primeiro turno acabou, o Botelho não passou e a vida segue. É o que acontece em qualquer lugar”, disse o governador ao ser perguntado sobre um possível racha entre deputados e o apoio a Abilio Brunini (PL). 

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“Os deputados têm maturidade política para compreender [a derrota]. Isso é natural. Vários deputados também já se posicionaram a favor do lado A ou B”, comentou o governador, que disse que faltou voto para o deputado avançar ao segundo turno. 

A declaração de Mendes foi feita no Aeroporto Marechal Rondon, enquanto ele esperava para recepcionar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre agenda em Cuiabá nesta segunda, em apoio a Abilio Brunini (PL), que disputa o segundo turno com Lúdio Cabral. 

Mauro também negou que uma dos fatores para derrota de Botelho foi o candidato brigar com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) que, por sua vez, lançou Domingos Kennedy (MDB). Essa hipótese foi levantada pelo senador Júlio Campos (UNIÃO), que disse que o candidato emedebista “levou” votos que, na opinião dele, iria para o presidente da Assembleia. 

“Não acredito, porque aproximar do Emanuel também faria ele perder muito mais votos, inclusive o meu”, rebateu. Kennedy foi o quarto colocado, conquistando 13.805 votos. Botelho, por sua vez, ficou em terceiro com 88.907 votos, ante 90.719 votos de Lúdio. Diferença de 1.742 votos. 

Sobre a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro em Cuiabá para apoiar Abilio, Mauro comentou que esse tipo de mobilização pode “arrastar” alguns votos. Contudo, ele destacou que isso não é o principal fator para vencer uma eleição, mas sim a conexão entre eleitor e candidato. 

“Os apoios, seja do Bolsonaro, seja do Mauro Mendes, seja de quem quer que seja, eles chamam a atenção e até arrastam um pouco de voto, eu acredito nisso. Mas o que define mesmo o voto do cidadão é a conexão dele com o eleitor, a capacidade dele passar a verdade, dele conquistar as pessoas pela empatia e perceber que ele tem as melhores condições para assumir esse grande desafio que é administrar com a evaporação”.

Além disso, destacou que o apoio de grandes nomes da política em campanhas políticas tem perdido efeito ao longo dos anos e que isso não é mais garantia de votos

“A transferência de voto está demonstrada há muitos anos e ela vem caindo ano após ano. Teve cidade aí que o Bolsonaro apoia e perdeu. Teve cidades que eu apoiei e perdeu, que o Lula apoiou e perdeu. Quer dizer, o cidadão hoje, eu tenho falado muito isso, ele está muito autônomo, ele está muito independente. Ele tem capacidade e informação de fazer as suas próprias escolhas”. 

 
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