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PF apreende dólares e relógios de luxo durante operação por fraude de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá

Da Redação - Gustavo Castro

A Polícia Federal encontrou 'bolo' de dólares, canetas da marca Montblanc e relógios de luxo na residência de um dos alvos da Operação Bilanz, deflagrada nesta quarta-feira (30), em Cuiabá. A ação tem como foco esclarecer possíveis irregularidades envolvendo gestão financeira e administrativa da Unimed Cuiabá, durante a gestão do quadriênio 2019-2023. São apurados crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Olhar Direto apurou que a operação dá cumprimento de ao menos dez ordens judiciais, entre elas mandados de prisão. Entre os alvos de mandado de prisão está o ex-presidente da instituição, Rubens Carlos de Oliveira Júnior.

Também foram presos Ana Paula Parizotto, superintendente administrativo-financeira da instituição na época dos fatos, e o economista Eroaldo Oliveira, CEO (Chief Executive Officer) da Unimed Cuiabá. Eles estão na sede da PF prestando depoimento, bem como a ex-diretora financeira, a médica cardilogista Suzana Palma.

Nas imagens, divulgadas pela própria PF, é possível ver as cédulas de dinheiro em dólares e reais, pelo menos três canetas Montblanc e 11 relógios de luxo, além de joias. Segundo apurado pela reportagem, as canetas da marca variam entre R$ 699 e R$ 4,2 mil.

A assessoria do órgão não informou em qual residência os objetos foram encontrados, nem o valor total do dinheiro apreendido.

Operação

A investigação identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que ocultaram um déficit de cerca de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da entidade em 2022.

Estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Como parte das medidas investigativas, o MPF requereu o cumprimento de mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, além do sequestro de bens dos investigados.

A Justiça Federal autorizou as medidas solicitadas e, ainda, decretou a prisão temporária de seis investigados, todos ex-administradores e prepostos da entidade. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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