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Cuiabá faz pior temporada desde o acesso e tem 97% de chances de cair

Da Redação - Pedro Coutinho

Com apenas 6 vitórias em 31 jogos, o Cuiabá viu o sonho da permanência ir por água abaixo após perder o confronto direto contra o Corinthians por 1 a 0 nesta segunda-feira (28), na Arena Pantanal. Agora, segundo dados do Departamento de Estatísticas da Universidade Federal de Minas Gerais, o Dourado tem 97% de chances de cair, ou seja, apenas 3% de permanecer.

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Conturbada, a atual temporada foi a pior do Auriverde na elite do futebol nacional, desde que acessou a Série A, em 2021. No ano passado, encerrou em 12ª posição, classificado para a Sula, com 14 triunfos, nove empates e 15 derrotas, somando 51 pontos.

Em 2022, terminou em décimo sexto lugar, com 12 vitórias, onze empates e 17 derrotas, somando 41 pontos. No ano do acesso, encerrou em 15ª colocação, com 47 pontos, conquistados em 10 vitórias, dezessete empates e onze derrotas.

Com a saída de Antônio Oliveira em fevereiro deste ano, o time ficou mais de 60 dias sem técnico até assinar com o também português, Petit, em maio. Porém, a passagem de Petitnão foi positiva e ele caiu no final de agosto, após goleada de 5 a 0 contra o Palmeiras. Quem assumiu foi Bernardo Franco, que até então, tem novo jogos, duas vitórias, quatro derrotas e três empates.

No meio do entreveiro relacionado ao desempenho dos técnicos e o comando do time, o presidente Cristiano Dresch resolveu afastar o atacante e então artilheiro dourado, Deyverson, em abril, por razões contratuais. O atleta tinha vínculo até o final do ano e ficou disponível no meio da temporada para fechar algum pré-contrato. Diante de seu interesse em fechar com outro clube, o cartola auriverde o repreendeu e afastou por vários jogos.

Após o desligamento parcial de Deyverson, Pitta assumiu a responsabilidade ofensiva e até que conseguiu certo destaque, alçando o posto de 3 artilheiro do Brasileirão com 7 gols.

Mas o desentendimento entre Deyvin e Dresch refletiu no desempenho ofensivo do time, e nos bastidores de vestiário também. Isso porque, além de chamar uma coletiva para afastar Deyverson, Dresch também deu declarações polêmicas sobre todo o elenco. Isso claramente pesou e o paraguaio não conseguiu aumentar sua artilharia e entrou em jejum.

Sem Deyvin e com Pitta isolado, o ataque auriverde entrou em apuros e a ineficácia ofensiva se evidenciou. Apesar de Franco insistir que o time “poderia” ter tido resultados diferentes nos últimos duelos diretos, o que se viu foram repetidas falhas na pontaria daqueles que deveriam ter, no mínimo, capricho no arremate final. Resultados desastrosos.

O resultado de todo esse contexto conturbado: a pior temporada desde o acesso; com 31 jogos, apenas seis vitórias, nove empates e 16 derrotas; sendo o segundo pior ataque do campeonato, com somente 25 gols marcados, e a sétima pior defesa, com 41 sofridos.

Desde o 5 a 0 contra o Palmeiras, o Auriverde marcou somente 4 gols em nove jogos, sofrendo sete. A última vez que Pitta balançou as redes foi em agosto, de pênalti, no empate contra o Galo. A situação é desastrosa e o rebaixamento já é uma realidade.

Os dados não mentem: 97% de chances de ser rebaixado e apenas 3% de ficar. Dos sete jogos que restam para o final do campeonato, o Dourado enfrenta o Bragantino (no próximo sábado, 2), Botafogo (9), Flamengo (20), Juventude (24), Bahia (1/12), Fluminense (4/12) e Vasco (8/12).
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