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CRM abre sindicância para investigar médicos envolvidos em esquema de fraude de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá

Da Redação - Rodrigo Costa

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) anunciou nesta quarta-feira (30) a abertura de uma sindicância para apurar a conduta de médicos envolvidos no esquema de fraudes contábeis investigado pela Operação Bilanz, que mira a alta administração da Unimed Cuiabá. Foram presos os médicos Rubens de Oliveira, ex-presidente da Unimed Cuiabá, e Suzana Palma, ex-diretora administrativo-financeira. 

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“Diante das apurações, por parte do Ministério Público Federal, de supostas irregularidades envolvendo a gestão da Unimed Cuiabá, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) instaurou sindicância para apurar a conduta dos médicos investigados neste caso”, informou ao Conselho em nota enviada à imprensa. .

“O CRM-MT ressalta o respeito ao sigilo sobre procedimentos administrativos em andamento, conforme a legislação vigente”.

A Justiça Federal em Mato Grosso aceitou denúncia do Ministério Público Federal contra seis ex-integrantes da alta administração da Unimed Cuiabá por possíveis fraudes contábeis no âmbito da Operação Bilanz. 

A acusação aponta que os denunciados teriam ocultado um prejuízo de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da operadora em 31 de dezembro de 2022.

A denúncia, oferecida pelo MPF à Justiça Federal, em 26 de agosto, acusa os ex-integrantes de sete crimes de falsidade ideológica. Entre os denunciados, estão o ex-diretor presidente, a ex-diretora administrativo-financeira, a antiga chefe do departamento jurídico, o antigo CEO, a ex-superintendente administrativo-financeira e a ex-chefe do Núcleo de Monitoramento de Normas.

As irregularidades apontadas consistem na omissão intencional de passivos (obrigações) e na inclusão indevida de ativos (bens e direitos), distorcendo as demonstrações contábeis para apresentar um resultado econômico artificialmente mais favorável. 

Essas ações teriam distorcido a realidade econômico-financeira da Unimed Cuiabá, dificultando e obstruindo a fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quanto aos parâmetros regulatórios mínimos de liquidez e solvência da operadora, além de ocultar desvios patrimoniais.
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