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Diretor de escola preso em flagrante com pornografia infantil dá aulas de história e era alvo apenas de busca e apreensão

Da Redação - Gustavo Castro / Luis Vinícius

Professor de História identificado pela iniciais E.B.O. foi preso na manhã desta quinta-feira (31), em Cuiabá, durante a Operação Lobo Mau, deflagrada pelas forças de segurança de Mato Grosso. O educador é acusado de armazenar e compartilhar material de abuso sexual infantil, conhecido como CSAM (Child Sexual Abuse Material). Ele era alvo apenas de busca e apreensão, mas foi pego em flagrante com farto material armazenado e foi levado preso em flagrante.

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Além dele, um jovem de 19 anos, que não teve a identidade revelada, também foi preso em Tangará da Serra (241 km de Cuiabá).

As investigações foram realizadas pelo Gaeco de São José do Rio Preto e a Polícia Civil de São Paulo, por meio do Deinter 5. Trata-se de uma força tarefa criada entre as instituições e que contou com o apoio da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations – HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos, com foco no combate à exploração sexual infantil na internet.

E.B.O. é professor efetivo do estado de Mato Grosso, sendo nomeado em 2011. Atualmente, ele está lotado como diretor em escola estadual na capital. Conforme o Portal da Transparência, em setembro deste ano, a remuneração do educador foi de R$ 8.683,57.

Procurada, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.

O nome da operação

Operação Lobo Mau faz referência justamente ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.

Estão sendo cumpridos 94 mandados de busca e um de prisão em 20 estado, além do Distrito Federal. A operação mobilizou equipes especializadas das Polícias Civis e dos Ministérios Públicos do Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe. Também contou com a participação das Polícias Militares dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.

Com o avanço das investigações foi possível descobrir a existência de um número muito expressivo de criminosos que, dissimulando o fato de serem adultos, entram em contato com as crianças e adolescentes, por meio de variados tipos de plataformas digitais, para induzi-las a produzir conteúdo de nudez, e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir o material produzido e depois distribui-lo em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.

Dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados para a produção e armazenamento do conteúdo estão sendo apreendidos para análise forense e as autoridades esperam que a ação contribua para a identificação de outros envolvidos na rede, além de reforçar a necessidade de atuação conjunta, e contínua, no combate a esse tipo de crime.
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