Imprimir

Notícias / Educação

MEC estuda romper contrato após novas denúncias de fraude no Enem

G1

O Ministério da Educação (MEC) recebeu novas denúncias de tentativa de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e estuda romper o contrato com a empresa responsável pela prova. Aplicadores do exame na Grande São Paulo e em Salvador teriam guardado as provas em casa –uma falha de segurança considerada de extrema gravidade. Apesar disso, o MEC mantém, até agora, a intenção de fazer a prova em novembro.

Nesta semana, questões da prova vazaram e o ministério resolveu adiar a prova. No caso de suspensão do contrato, o Enem seria feito com os recursos do Inep e de empresas públicas, como os Correios e as Forças Armadas.

A direção do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) cobrou explicações do consórcio Connasel, responsável pela organização do exame. O consórcio, único a participar da licitação para realizar a prova, é formado por três empresas, todas com experiência na área de concursos públicos ou vestibulares.

A Cetro, de São Paulo, pela primeira vez participa do Enem, devendo aplicar as provas somente em escolas dentro dos presídios.

As outras duas empresas já tiveram problemas na organização de concursos. A Consultec organizou o vestibular deste ano da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A prova vazou e o vestibular teve que ser adiado. No mês passado, a Funrio, do Rio de Janeiro, preparou um concurso para o Ministério da Justiça que também precisou ser adiado. Nomes de inscritos não constavam em listas e provas estavam com o lacre violado.

As provas do Enem, que seriam aplicadas neste fim de semana, foram impressas na gráfica Plural, em São Paulo, que já negou envolvimento com a fraude. A diretora do consórcio Connasel não reconheceu que tenha ocorrido falha de segurança na preparação das provas, mas admitiu que o processo terá que ser aperfeiçoado.

“Posso assegurar que todos os critérios de segurança possíveis e estabelecidos pelo Inep/MEC e introduzidos como acréscimo pela nossa prática, foram executados”, disse Itana Marques Silva, presidente do Connasel.
Imprimir