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Alunos de Direito registram BO contra empresa de eventos e denunciam prejuízo de R$ 200 mil em baile de formatura

Da Redação - Gustavo Castro

Mais seis alunos, dessa vez do curso de Direito do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), procuraram a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), nesta segunda-feira (3), para denunciar a empresa Imagem Eventos por estelionato.

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O grupo acusa a empresa de cancelar formaturas programadas para as próximas semanas em diferentes universidades de Cuiabá e Várzea Grande, deixando centenas de formandos frustrados. Os universitários estimam um prejuízo de cerca de R$ 200 mil.

Os estudantes fazem parte de duas turmas que encerram o curso no fim deste ano e estavam com a formatura prevista para fevereiro de 2026. Segundo os denunciantes, cada aluno teria investido uma quantia significativa para a realização do baile e demais eventos de celebração.

Como noticiado por Olhar Direto, a Imagem Eventos protocolou um pedido de recuperação judicial na última quinta-feira (30), apenas dois dias antes da formatura dos alunos de Medicina do Univag, que seria realizada no último sábado (1º). Alegando dificuldades financeiras, a empresa comunicou que não poderia viabilizar a festa, gerando incerteza para mais de mil convidados.

De acordo com os estudantes, o baile de Medicina só ocorreu porque os 53 formandos tiveram que arcar com uma despesa extra de R$ 530 mil, divididos em parcelas de R$ 10 mil para cada um. Alguns alunos, sem condições de assumir o pagamento adicional, desistiram de participar do evento.

Defesa da empresa

O advogado da Imagem Eventos, Marcos Gomes da Silva, afirmou que a decisão de pedir recuperação judicial foi motivada pela crise econômica e negou qualquer intenção de dar calote nos formandos. Ele destacou que a empresa esperava firmar acordos para viabilizar os eventos, mas, nos últimos momentos, a situação financeira tornou-se insustentável.

Formandos questionaram o prazo em que foram informados sobre o cancelamento. Segundo relatos, todas as outras etapas da formatura, como aula da saudade, culto ecumênico e jantar com os pais, ocorreram normalmente. Além disso, apurações indicam que apenas 30% do valor total do contrato havia sido repassado aos fornecedores até a semana do baile.

Em nota enviada na sexta-feira (31 de janeiro), a Imagem Eventos alegou enfrentar dificuldades financeiras e sugeriu o reagendamento dos eventos. Caso as comissões de formatura optem pela rescisão dos contratos, a empresa se comprometeu a devolver os valores pagos conforme os critérios estabelecidos no processo de recuperação judicial.
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