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Salão do Automóvel de Genebra aposta em carros ‘verdes’

G1

A 79ª edição do Salão Internacional do Automóvel de Genebra abriu as portas nesta quinta-feira (5) apostando nas chamadas “tecnologias verdes” para enfrentar a crise econômica. 

Como novidade, o salão conta este ano com um Pavilhão Verde de 2 mil metros quadrados, onde as empresas que começam neste setor e as que já possuem experiência nele prometem um futuro limpo e ecológico para o mundo do automóvel.

Assim, será apresentada uma grande variedade de carros híbridos, que oferecem uma solução econômica - e não necessariamente menos potente - aos automóveis tradicionais. Mas os carros totalmente elétricos não ficam atrás.

O Pavilhão Verde mostra, por exemplo, um dos veículos da marca californiana Tesla, que pode acelerar de 0 a 100 km/h em 4 segundos, alcança 200 km/h e conta ainda com autonomia para 390 quilômetros. O preço para não depender de nenhum tipo de combustível chega a 150 mil francos, mais de 100 mil euros.

Tesla Roadster pode acelerar de 0 a 100 km/h em 4 segundos (Foto: Reuters)
Outro destaque é a minúscula Nissan Nuvu EV. Com apenas três metros de comprimento, o conceito é uma aposta da marca para os carros movidos a motor elétrico.

O presidente da Suíça, Hans-Rudolf Merz, inaugurou o salão, que vai até 15 de março, dizendo que “graças ao seu aspecto inovador, o setor automotivo (um dos mais atingidos pela crise) está preparado para triunfar sobre as dificuldades”. 

“Nenhuma indústria soube 'reinventar a roda' como a esta. O Salão do Automóvel é a vitrine mundial da sua força de inovação”, acrescentou o presidente suíço e ministro das Finanças.
Embora tenha reconhecido as dificuldades vividas pela indústria do automóvel, ao dizer que “o caminho da inovação parece mais um percurso de provas para combatentes”, ele se manifestou contrário à intervenção estatal para ajudar o setor.

A crise não afetou excessivamente o salão, que, apesar de alguns cancelamentos, abriu com 850 marcas e 250 expositores, em uma enorme superfície de 78 mil metros quadrados no centro de exposições Palexpo.

Americanos, europeus e asiáticos, todas as grandes marcas quiseram estar presentes neste salão, onde os fabricantes apresentam até 130 novidades, seus avanços tecnológicos e os protótipos de carros do futuro.

Os organizadores esperam que, em seus onze dias, a exposição seja visitada por, pelo menos, 700 mil pessoas, que é o público médio de cada ano.

Entre as cores mais frequentes, o branco voltou, após 10 anos de ausência, aos expositores e à carroceria dos veículos de várias das marcas mais importantes. 

“Depois que a Apple lançou seus celulares em branco, esta cor se voltou à moda”, explicou o encarregado de comunicação de Audi, Harry Meier, acrescentando que 7% de seus clientes atuais optam por ela.

Os representantes das grandes marcas evitam falar da crise e tentam se focar nas novidades com as quais propõem reativar os desejos de compra dos europeus.

Em seu percurso pela exposição, o presidente suíço parou em um stand da montadora japonesa Honda, onde um robô lhe deu as boas-vindas com um "good morning, mr. president".

E, como é tradicional neste evento, Merz ainda se encontrou com a Miss Suíça, que neste ano é Withney Toyloy.
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