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Osmar Dias repudia destruição de pomares pelo MST e recebe apoio de outros senadores

Da Redação - Agência Senado

Em pronunciamento nesta terça-feira (6), o senador Osmar Dias (PDT-PR) condenou a invasão e a destruição, por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de um pomar com milhares de pés de laranja em uma fazenda que se encontrava em processo de reintegração de posse, no interior de São Paulo.

Com a invasão do empreendimento, disse Osmar Dias, o MST "promoveu vandalismo" e agiu de forma criminosa ao desconsiderar o direito de propriedade, garantido pela atual Constituição. O senador disse ainda que a atitude do MST prejudicou os próprios trabalhadores rurais que se encontravam no local e que agora ficarão sem ocupação.

- O MST precisa se decidir se é um movimento social reivindicatório ou se vai partir para o terrorismo. O que se praticou ali foi um crime. Isso não pode ficar assim. Um exemplo dessa natureza não pode ser multiplicado - afirmou.

Osmar Dias disse ainda que as propriedades no interior de São Paulo trabalham com "a melhor produtividade do mundo", ao refutar o argumento do MST de que os invasores iriam substituir os pomares de laranja por plantações de feijão. Segundo o senador, os cultivos podem ocorrer de forma intercalada.

- Rogo que as autoridades de São Paulo e da Justiça Federal tomem as providências. Se não, teremos duas consequências: conflito no campo e a desmoralização total do direito de propriedade - afirmou o senador, que disse ainda estar disposto a conversar com o MST, caso o movimento volte a atuar no âmbito reivindicatório.

Osmar Dias insistiu que o Brasil não pode permitir nenhuma agressão ao direito de propriedade. Ele assinalou que a segurança institucional é que vai atrair ao campo e às cidades os investidores que poderão criar oportunidades para a melhoria das condições de vida da população.

- O setor produtivo tem que ser respeitado para continuar gerando renda e oportunidades para reduzir os índices enormes de violência e criminalidade. Só a educação, a formação profissional e o trabalho resolvem isso. Se destruirmos o ambiente de geração de renda, como é que vamos prosseguir no caminho de desenvolvimento para gerar oportunidades para quem quer trabalhar ? - indagou.

Osmar Dias disse que a invasão de propriedades também prejudica a agricultura familiar, que reúne 13 milhões de pessoas em todo o país e responde hoje por 40% da produção do agronegócio.

- Parece que as pessoas torcem para que a agricultura familiar não se viabilize e continue dependendo inclusive do discurso político. A agricultura familiar tem direito de crescer, ter renda, progredir com a tecnologia à disposição e com os programas oficiais do governo - afirmou
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