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Oposição articula para reverter decisão de comissão que arquivou impeachment de Yeda

Folha Online

Os partidos de oposição na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul --PT, PC do B, DEM e PDT-- começaram a se articular para tentar reverter no plenário da Casa a decisão da comissão especial, que ontem aprovou o relatório que recomenda o arquivamento do pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB).

A oposição reúne 22 deputados dos 55 que integram a Casa, número insuficiente para conseguir derrubar o relatório. O líder do PT, deputado Elvino Bohn Gass, admitiu nesta sexta-feira dificuldade para mudar o placar, mas espera convencer os parlamentares da base aliada para iniciar o processo de impeachment de Yeda.

"Sei que os votos da oposição são insuficientes, mas vamos apresentar argumentos e debater com a sociedade a gravidade da confirmação das denúncias contra a governadora. Não acredito que os deputados sejam insensíveis a esse absurdo", afirmou Bohn Gass.

O pedido de impeachment foi apresentado por sindicalistas ligados Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul. O objetivo era apurar se Yeda cometeu crime de responsabilidade no suposto esquema que desviou mais de R$ 40 milhões do Detran-RS.

Ontem, durante a votação do relatório da deputada Zilá Breitenbach (PSDB), os 12 deputados da oposição que integravam a comissão especial decidiram se retirar por não concordar com o que chamaram de "farsa" para livrar Yeda.

A previsão é que a decisão da comissão especial seja lida em plenário na próxima terça-feira (13) e publicada no "Diário Oficial" da Assembleia no dia seguinte. Pelo regimento interno, apenas após o dia 20 é que o relatório começará a ser discutido e votado no plenário da Assembleia.

Tumulto

A sessão para votar o relatório sobre o pedido de impeachment de Yeda foi tumultuada. Um dos motivos da confusão foi o fato de o deputado Carlos Gomes ter trocado o PPS pelo PRB após a composição da comissão especial. Como a composição da comissão foi de acordo com a composição dos partidos na Casa, a oposição questionou a participação de Gomes na comissão.

Na tentativa de dar continuidade à sessão, a relatora começou a ler o relatório, mas os houve uma confusão entre os parlamentares e a sessão foi suspensa.

Na retomada dos trabalhos, os deputados da oposição se retiraram do plenarinho onde foi realizada a sessão da comissão e a relatora deu continuidade à leitura do documento. O relatório foi aprovado com 16 votos favoráveis.
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