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‘Também já pagamos adiantado’, diz Lula sobre atraso na restituição do IR

G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (9) que não é interesse do governo que as restituições do imposto de renda atrasem, como ocorre no país neste ano. Segundo ele, não é a primeira vez que isso acontece no Brasil. Para Lula, há momentos de problemas, como também momentos em que o governo paga adiantado. “Acho falta de compreensão achar que o governo teria interesses econômicos em reter o imposto de renda, porque nós pagamos a taxa Selic. Portanto, nós não temos nenhum interesse em reter”, explicou.

Nesta quinta-feira (8), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que a Receita Federal está mais lenta em restituir a devolução do Imposto de Renda da pessoa física neste ano.

"Todo ano tem restituição e o ritmo é moldado pela disponibilidade e arrecadação de receita que nós temos," explicou o ministro em entrevista após divulgação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Brasília.

De janeiro a agosto deste ano, segundo dados da Receita, a arrecadação de impostos e contribuições federais recuou 7,4% na comparação com igual período do ano passado. Se a arrecadação se mantivesse estável frente ao mesmo período do ano passado, o governo arrecadaria R$ 34,9 bilhões a mais neste ano. Somente as reduções de tributos geraram uma queda de R$ 17,3 bilhões na arrecadação de impostos e contribuições federais até agosto.

Lula lembrou que o atraso nas restituições não é um fato novo no país. “Não é a primeira vez na história do Brasil, nem na história mais velha nem na história mais nova, de que em momentos, por problemas ou da Receita ou de quem faz a emissão de pagamento, possam atrasar 10 ou 15 dias. Nós também já pagamos adiantado”, lembrou.

O presidente acrescentou que não é interesse do governo que a devolução do imposto de renda atrase. “Não há nenhum interesse de que essas coisas aconteçam, porque o que nós queremos é que o povo tenha dinheiro para consumir. Se tiverem dinheiro na mão quem vai ganhar são os índices das empresas e do comércio, que vão crescer muito mais”, concluiu.
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