O Hospital Regional de Rondonópolis, administrado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realizou 39 cirurgias de retirada de tumor cerebral entre janeiro e julho deste ano. O número representa um salto expressivo no atendimento de alta complexidade, que antes era de apenas uma cirurgia ao mês e agora chega a cinco ou até oito procedimentos mensais.
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Entre os casos operados estão 15 gliomas de alto grau, oito meningiomas da base do crânio, quatro metástases cerebrais, quatro tumores de coluna, cinco tumores de cerebelo e de quarto ventrículo, dois meningiomas da convexidade e um tumor de ângulo ponto cerebelar.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, o avanço do setor de neurocirurgia tem garantido agilidade em situações críticas. “O serviço tem salvado vidas em casos de alta complexidade, com um atendimento rápido e eficiente. Toda a equipe está de parabéns”, afirmou.
A diretora da unidade, Milena Polizel, destacou que a maioria dos pacientes chega pela urgência. “São pessoas que descobrem o tumor e logo precisam de cirurgia, devido à gravidade. Recebemos pacientes de várias regiões de Mato Grosso e até de fora do Estado”, disse.
As cirurgias contam com salas equipadas com tecnologia de ponta, como neuronavegadores intraoperatórios, aspiradores ultrassônicos e monitorização intraoperatória, que reduzem riscos de sequelas e aceleram a recuperação. Na rede privada, uma operação desse tipo pode custar entre R$ 90 mil e R$ 150 mil.
Além da neurocirurgia, o hospital, que possui 134 leitos (30 de UTI), realizou cerca de 270 mil exames diagnósticos apenas no primeiro semestre de 2025, consolidando-se como referência para 19 municípios da região sudeste de Mato Grosso.