Notícias / Educação
Segurança em concursos públicos é falha
Folha Online
O fracasso do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e a descoberta de que uma prova aplicada a 4,1 milhões de estudantes tinha um esquema de segurança tão frágil, não foi exatamente uma surpresa para quem se dedica integralmente a uma vaga no serviço público, informa reportagem de Alan Gripp, publicada pela Folha de S. Paulo, na edição de ontem.
Segundo a reportagem, denúncias de fraudes, favorecimento de candidatos e ameaças de anulação de provas fazem parte da rotina dos "concurseiros".
Para especialistas, falta de fiscalização em empresas organizadoras das provas é uma das principais causas de problemas.
A Folha informa que este gigantesco mercado --cerca de 5 milhões de pessoas farão pelo menos um concurso público este ano, na disputa por quase 120 mil vagas-- é praticamente desconhecido das autoridades.
O governo federal (maior provedor de vagas) não sabe a quem pertencem nem quantas são essas empresas organizadoras. Administrações estaduais e municipais, tampouco.
Ao percorrer contratos com o poder público e portais voltados para os concurseiros, a Folha identificou 195 empresas que cuidam da logística dos exames --muitas delas sequer possuem página na internet. A maioria atua em pequenos municípios, onde são mais comuns e mais grosseiras as fraudes.