O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), voltou a rechaçar um possível palanque do seu partido com o MDB, da deputada estadual Janaína Riva. Ele é um dos mais contrários a essa aliança para as eleições de 2026.
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Contudo, emedebistas, como a própria Riva, têm dado declarações que essa é uma tendência que pode ocorrer no cenário local, ou seja, aqui em Mato Grosso, citando como exemplo a coligação MDB-PL em São Paulo, quando o partido declarou apoio à candidatura do prefeito eleito Ricardo Nunes (MDB) nas eleições municipais de 2024.
Já segundo o prefeito, essa junção entre as duas legendas em Mato Grosso é ilógica e ruim para o PL. Ele citou que, porventura, se essa coligação ocorrer, nomes antagônicos poderão estar no mesmo palanque.
Ele exemplificou com a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), que venceu Kalil Baracat (MDB); Léo Bortolin (MDB), ex-prefeito de Primavera do Leste que fez oposição ao prefeito vencedor Sérgio Machnic (PL); e Cláudio Ferreira (PL), que derrotou Thiago Silva (MDB) na disputa pela prefeitura de Rondonópolis.
“Essa ligação com o MDB não é boa. Imagina a Flávia no mesmo palanque que o Kalil. Não faz sentido, não tem a menor lógica disso acontecer. O Sérgio Machinic no mesmo palanque que o Léo Bertolini. Não tem lógica. O Cláudio e o Thiago, da mesma forma, não tem muito sentido de eu estar aqui no mesmo palanque que o Emanuel”, listou.
“[O MDB] tinha o Emanuel, tem o Emanuelzinho, que é líder do Lula. Então, assim, o que eu vou fazer com esse partido? Lá em Brasília, eles têm três ministros ligados ao governo do Lula. Então, assim, o caso de São Paulo, onde o MDB tinha o Nunes em São Paulo, é uma particularidade local. Não se aplica ao Estado do Mato Grosso. O Estado do Mato Grosso, na realidade, é outro. E aqui no Estado do Mato Grosso, eu não estou interessado em nenhum em estar junto com o MDB”, completou.
Uma eventual aliança entre MDB e PL, que pode consolidar uma chapa com o senador Wellington Fagundes (PL) ao Governo e Janaina Riva ao Senado, é o plano de Fagundes e ele vem trabalhando por essa construção junto aos diretórios nacionais.
Essa articulação foi rebatida recentemente por Abilio, em um recado frontal a WF. “O candidato ao Senado que não entende o que nós estamos passando, com o meu voto não vai ter, não. Ah, mas o presidente do partido vai concordar. É conversar com os russos. Conversa com a gente aqui, ó. A gente não vai entregar o nosso país para políticos em cima do muro. Você sabe por quê? Porque senão tudo isso aqui [manifestação de rua] é em vão. Tudo isso aqui é em vão”, disse o prefeito em um ato pró-Bolsonaro no dia 7 de setembro.