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Dilma pede que proposta do Brasil de redução de gases considere crescimento maior do PIB

Folha Online

O governo se reuniu hoje para discutir a proposta brasileira que será apresentada em Copenhague em dezembro sobre redução das emissões de gás carbônico. A proposta elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente considerou uma média de crescimento econômico de 4% ao ano. A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) pediu que a proposta do país considere outros cenários de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto): de 5% e 6%.

Segundo o ministro Carlos Minc (Ambiente), a proposta que o Brasil apresentará na reunião deve estar fechada até o dia 20 deste mês.

Minc disse que a proposta brasileira não abrirá mão de cobrar dos países ricos um esforço maior na redução das emissões de gases. Afirmou ainda que o Brasil defenderá um maior investimento dos países ricos nos países pobres e em desenvolvimento para controle dos níveis de emissão de gases.

"O Brasil vai cobrar mais dos países ricos. Não podemos aceitar que coloquem nos países em desenvolvimento o peso sobre a redução da emissão de gases", disse o ministro.

Segundo ele, a meta de 25% é insuficiente. Minc defende que a meta seja de 40% até 2020 tomando por base o ano de 1990.

O ministro disse ainda que o Brasil também pode defender que o país congele o patamar de emissão de CO2 programado para 2020 no mesmo nível de 2005, quando foram emitidas de 2,2 bilhões de toneladas do gás. Se seguir esse ritmo, daqui a 11 anos a emissão seria de 2,8 bilhões de toneladas.

A proposta, no entanto, dependeria de um financiamento calculado em US$ 10 bilhões por ano, que sairiam dos cofres de nações ricas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje as propostas de redução da emissão de gases elaboradas pelos ministérios do Meio Ambiente, de Ciência e Tecnologia e do Fórum Nacional de Mudanças Climáticas. O fórum pediu que os textos sejam unificados numa única proposta, que deve reivindicar a criação de um fundo internacional para financiar a troca de energia por meios renováveis.
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