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Mesquita Júnior: PMDB pode sair enfraquecido se aceitar agora ter vice na chapa de Dilma .

Da Redação - Agência Senado

O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), em discurso nesta terça-feira (13), voltou a defender o lançamento de candidatura própria pelo PMDB nas eleições presidenciais do ano que vem, ponderando que essa é a vontade de 53% da base do partido, conforme pesquisa do próprio PMDB. Para ele, caso tome agora a decisão de concorrer como vice na chapa encabeçada pela ministra Dilma Rousseff (PT), "o PMDB pode se fragilizar", apesar de ser o maior partido do país.

Mesquita Júnior leu notícia sobre declaração do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, de que 80% dos peemedebistas já teriam concordado em ter um vice na chapa de Dilma e, assim, o partido já poderia trabalhar na escolha de um nome para compor a chapa. O senador lembrou que o PMDB é o maior partido do país, com o maior número de governadores, prefeitos, deputados, senadores e vereadores e nada justifica que não tenha candidato próprio à Presidência da República em 2010.

Para Mesquita Júnior, o presidente do PT "tem mais tirocínio do que muita gente no PMDB", pois ele pelo menos admite que nem todo o PMDB está envolvido no apoio à idéia da vice-presidência.

- No PMDB, há quem acredite que o partido participará, como um cordeirinho, de uma aliança como essa - disse o senador.

Mesquita Júnior observou que, se o partido decidir ter candidato próprio, logo começarão a aparecer nomes para disputar a indicação. O senador recomendou que, caso a direção peemedebista conclua que o partido "deve continuar nessa situação secundária na política nacional", que sejam abertas negociações com todos os partidos, e não apenas com o PT.

- Acho que o PMDB deve ousar. Vamos fazer jus às expectativas da população brasileira e vamos concorrer com um projeto nacional, pé no chão, simples. A pesquisa que mostrou que 53 por cento da base do partido quer candidato próprio reavivou em mim a idéia de ver esse grande partido mais uma vez nas ruas com uma boa bandeira, depois de muitos anos sem ter candidato próprio a presidente da República - afirmou.
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