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Procuradoria denuncia presidente do PSB no Pará por fraude

Agência Folha

O Ministério Público Federal no Pará denunciou o presidente do PSB no Estado, Ademir Andrade, sob acusação de inserir dados falsos no sistema da CDP (Companhia Docas do Pará), empresa federal da qual foi presidente de 2003 a 2006. Senador de 1995 a 2003, Andrade é hoje vereador em Belém.

Segundo a denúncia, assinada pelo procurador André Sampaio Viana e encaminhada à 3ª Vara Federal do Pará, Andrade e mais oito ex-funcionários da CDP excluíram do banco de dados informações necessárias para o faturamento de serviços prestados pela empresa.

Sem os dados, afirma Viana, a CDP deixou de receber cerca de R$ 7 milhões. A pena para o crime é o pagamento de multa e prisão de 2 a 12 anos. Responsável pela administração dos portos paraenses, a CDP é ligada à Secretaria de Portos da Presidência da República.

De acordo com Viana, um documento apreendido nas investigações demonstra que os diretores da CDP decidiram em reunião excluir os dados.

O ex-senador não participou do encontro, mas, segundo a Procuradoria, depoimentos de testemunhas e conversas de terceiros gravadas pela Polícia Federal mostram que Andrade tinha conhecimento do caso.

As investigações de irregularidades na CDP começaram com a Operação Galileia da PF, que em 2006 chegou a prender Andrade e outros suspeitos de fraudes em licitações na empresa. Na época, o Ministério Público denunciou o grupo sob acusação de formação de quadrilha e crimes contra a administração pública.
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