Personagem recorrente no Congresso nas últimas semanas, a apresentadora Sabrina Sato, do programa Pânico na TV, da Rede Tv, convenceu o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) a vestir uma sunga vermelha nesta semana e desfilar pelo Senado. Em entrevista à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Sabrina disse que ele não devolveu a fantasia e afirmou ter medo de que a repercussão do caso prejudique o político.

Nesta sexta-feira, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), afirmou investigará a conduta de Suplicy. Tuma decidirá se a atitude do senador configura quebra de decoro parlamentar. O parlamentar paulista deverá tomar pelo menos uma advertência pelo ato, considerado por muitos senadores como uma atitude de desrespeito ao Congresso.

"Fiquei com dó dele hoje. Ele sempre fala com a gente. Fala dos projetos dele, daquela bolsa lá dele - o programa de renda mínima defendido pelo senador- , mas também participa das brincadeiras. Tem uns senadores que são muito bacanas. Uns aceitam brincadeiras, outros não", afirmou ao jornal.

À coluna, ela contou como convenceu o senador a vestir a Cueca. "Eu disse: 'trouxe uma coisa aqui que é só para você, que nenhum outro senador vai poder usar, a sunga do Super-Homem'. Ele colocou e saiu voando comigo. Não sei se isso é quebra de decoro. Acha que ele corre algum risco?", disse.

"Ele falou que estava preocupado com isso e disse: 'só vou fazer porque é pra vocês'. Aí eu falei: 'o senhor está acima do bem e do mal!' Ele foi supergentil. E nem devolveu a sunga, ficou lá com ele", completou.

Questionada pela coluna se tentou convencer outros senadores e vestirem, Sabrina disse que a sunga era somente para o Suplicy. "O senador Marcelo Crivella PRB-RJ falou: 'se você conseguir que o Suplicy coloque essa sunga vermelha, você pode eleger um presidente da República'. Eu falei: 'o senhor duvida dos meus superpoderes?'", disse.