A CPI da Corrupção na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul rejeitou nesta segunda-feira o requerimento que pedia para que o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, fosse ouvido como testemunha.

A comissão investiga o suposto esquema que teria desviado mais de R$ 40 milhões do Detran-RS e denúncias contra a governadora Yeda Crusius (PSDB).

O requerimento foi apresentado pelos deputados Gilmar Sossella (PDT) e Daniel Bordignon (PT) que pretendiam esclarecer operação de crédito do banco com a Alliance One, empresa que contribuiu com recursos para a campanha de Yeda. O pedido foi rejeitado por oito votos a quatro.

O vice-presidente da CPI, deputado Gilberto Capoani (PMDB), defendeu a rejeição do requerimento. Segundo ele, a inclusão do nome do presidente do Banrisul como testemunha abala a credibilidade da instituição financeira. "Um banco vive da confiança de seus clientes", afirmou.

Outros 24 requerimentos devem ser apreciados e votados pela CPI ainda hoje. Os deputados que integram a comissão também devem analisar o roteiro de depoimentos apresentado pela presidente da CPI, deputada Stela Farias (PT), para os próximos dois meses.

Ao todo, 34 testemunhas foram selecionadas pela petista para depor em 15 sessões até 9 de dezembro.

Entre as testemunhas indicadas pela deputada estão o vice-governador Paulo Feijó (DEM), o marido da Yeda, Carlos Crusius, entre outros.