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Briatore vai à Justiça contra expulsão da F-1 e acusa Mosley de vingança

Folha Online

O italiano Flavio Briatore, ex-chefe da equipe Renault, recorreu nesta segunda-feira à Justiça francesa para tentar anular a decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de bani-lo da F-1 em função da manipulação do resultado do GP de Cingapura de 2008.

Inconformado com o resultado do julgamento do Conselho Mundial, no dia 21 de setembro, em Paris, Briatore alega que a punição foi motivada por uma vingança do presidente da FIA, Max Mosley, com quem o italiano tem desavenças.

"Neste caso, a FIA se a pôs a serviço da vingança de um só homem", disse Briatore, em referência a Mosley.

Briatore alega não ter sido informado das acusações em nenhum momento pela FIA e diz que não teve acesso ao dossiê de investigação. Além disso, o dirigente diz que a sanção perpétua é contrária às leis do Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Segundo a imprensa francesa, o pedido de Briatore será analisado amanhã pelo Tribunal de Grande Instância de Paris. Os advogados do ex-dirigente solicitaram o procedimento de urgência, com a intenção de que o processo seja estudado em, no máximo, cinco semanas, e de que a sentença seja anunciada até o fim do ano.

Briatore e Pat Symonds, o então diretor técnico da equipe, foram denunciados pelo piloto brasileiro Nelsinho Piquet por pedir que ele batesse seu carro de maneira proposital no GP de Cingapura do ano passado para favorecer seu parceiro de time, o espanhol Fernando Alonso.

Enquanto Symonds, desde o primeiro momento em que a história veio à tona, deu indícios de que ela poderia ser verídica e colaborou com os investigadores contratados pela FIA, Briatore seguiu rota inversa, negando qualquer irregularidade.

Sua pena foi muito mais severa que a de Symonds, que foi suspenso por cinco anos das competições -Nelsinho e Alonso não foram punidos.

Briatore também não poderá mais gerenciar a carreira de pilotos, pois quem tiver seu nome associado a ele não poderá tirar a superlicença, necessária para estar no cockpit de um F-1.

Para piorar, ele pode perder também sua participação no Queens Park Rangers, tradicional time de futebol inglês do qual é sócio. Segundo o regulamento local, ninguém que tenha sido banido por alguma entidade esportiva tem permissão para ser proprietário, dirigir ou ter parte de um time no país.
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