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Oposição vai questionar no TSE viagem de Lula às obras de transposição do São Francisco

Folha Online com ABr

A oposição vai protocolar amanhã um pedido de informações à Casa Civil para ter acesso aos gastos da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Vale do São Francisco, no Nordeste do país. Lideranças do DEM e do PSDB discutem se acionam a Justiça Eleitoral acusando o presidente de uso indevido da máquina pública e de antecipar a campanha eleitoral durante a viagem em favor de candidatos da base governista ao Palácio do Planalto.

No requerimento que será entregue à Casa Civil, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), questiona o custo da viagem, se havia previsão orçamentária e quais autoridades fazem parte da comitiva e a função de cada uma delas na viagem. O PSDB também quer saber se a presença de pré-candidatos à sucessão presidencial na comitiva não caracteriza campanha eleitoral antecipada.

O vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), afirmou hoje que os partido oposicionistas também devem consultar a Justiça Eleitoral sobre a possibilidade de ter havido antecipação de campanha eleitoral.

Para o tucano, a presença de dois pré-candidatos --a ministra-chefe da Casa, Civil Dilma Rousseff, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP)-- na caravana presidencial são indícios de que a viagem teve fins políticos.

"É preciso que a oposição recorra ao Tribunal Superior Eleitoral [TSE]. [A viagem] é uma afronta a legislação eleitoral. "Há um abuso que precisa ser reprimido pela autoridade judicial e, como o TSE e a Justiça Eleitoral só agem se provocados, cadê a oposição interpor representação, já que é evidente que houve campanha eleitoral e não um ato administrativo, que seria perfeitamente admitido", discursou o senador tucano da tribuna do Senado.

Álvaro Dias acrescentou que a oposição deve pedir à Casa Civil informações sobre o custo da viagem do presidente Lula ao Vale do São Francisco. "Cabe a oposição questionar a Casa Civil sobre os gastos. Quanto o governo gastou para essa caravana ao Vale do São Francisco e, evidentemente, cabe uma medida de natureza judicial para que a impunidade não prevaleça", disse.
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