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Ministro da articulação política diz que governo está indiferente à instalação da CPI do MST

Folha Online

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou nesta quarta-feira que o governo federal está indiferente à instalação da CPI mista do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Segundo ele, o assunto será discutido por deputados e senadores. No entanto, Padilha destacou que a agenda Legislativa não pode ser paralisada pela investigação.

"Esse é um tema do Congresso, não preocupa nem despreocupa [o governo]. A CPI tem de ter fato determinado. O que eu vejo é que a agenda do Congresso não pode ser interrompida por esse processo da CPI. Nossa maior preocupação é a agenda de votação do Congresso, que precisamos avançar. Há uma série de temas importantes que precisam ser analisados", disse o ministro.

O Congresso criou hoje a CPI. O primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), leu o requerimento de criação da comissão durante sessão do Congresso, mas a CPI só será efetivamente instalada se não houver retirada de assinaturas dos deputados favoráveis às investigações.

Os parlamentares têm até a meia-noite de hoje para retirarem assinaturas, como previsto pelo regimento do Congresso. A oposição precisa garantir que pelo menos 171 deputados e 27 senadores mantenham as assinaturas. No total, DEM e PSDB conseguiram recolher assinaturas de 185 deputados e 35 senadores favoráveis à instalação da CPI.

Questionado sobre uma possível manobra do governo para que deputados da base retirem o apoio à comissão, Padilha desconversou. "Estou trabalhando nos projetos de prioridade do governo, para que a gente consiga superar a crise internacional e analisar projetos na área de mudança climática."
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