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Sarney defende extinção da Fundação, mas decisão será do Conselho Curador

G1

Galeria interna da Fundação José Sarney, no Maranhão (Foto: Agência Estado)
Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (26), o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu a extinção da fundação que leva o seu nome. A decisão oficial ainda será tomada pelo Conselho Curador da entidade em reunião sem data marcada. Pela manhã, a assessoria de Sarney chegou a confirmar que o Conselho já tinha decidido pelo fechamento da Fundação José Sarney. A entidade foi alvo de várias denúncias durante a crise que atingiu o Senado e o próprio José Sarney (PMDB-AP).

Entre as denúncias feitas pela entidade estão as de irregularidades em um convênio com a Petrobras. Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, a entidade teria desviado R$ 1,3 milhão para empresas fantasmas. A Petrobras e a Fundação negam irregularidades.

A Fundação José Sarney funciona no convento das Mercês, em São Luís (MA). De acordo com o site da entidade, a intenção é fazer uma instituição nos mesmos moldes das bibliotecas presidenciais americanas, centro de estudos e pesquisas políticas e sociais. A entidade reúne cerca de 5 mil obras de arte, 50 mil livros e documentos históricos.

Na nota, Sarney atribui a extinção à “exposição” que a entidade teve na mídia. “Explicito, com profundo sofrimento, que essa é a minha opinião, em face da impossibilidade de seu funcionamento, por falta de meios, segundo fui informado pelos administradores da instituição. Os doadores que a sustentam suspenderam suas contribuições, pela exposição com que a instituição passou a ser tratada por alguns órgãos da mídia”, diz a nota.

Sarney destaca que a decisão será tomada ainda pelo Conselho Curador da fundação para obedecer os trâmites do Código Civil. Durante a crise, o presidente do Senado negou ter responsabilidade pela entidade.

“Diante dessa situação de força maior, repito, com grande amargura, que o seu fechamento é o caminho a seguir, embora tal providência dependa de decisão do Conselho Curador da Fundação, obedecendo os trâmites previstos no Código do Processo Civil. Lamento pelo Maranhão, que perde um centro de documentação e pesquisa que é uma referência nacional”, afirma Sarney.
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