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Fluminense vence no Maracanã, respira e frustra os planos do Atlético-MG

Globoesporte.com

Euforia e decepção. Na disputa da equipe que lutava para assumir a liderança do Brasileirão com a que sonhava em deixar a zona do rebaixamento, melhor para o Fluminense. Diante de 12.037 fiéis torcedores que enfrentaram chuva e pagaram ingresso, o Tricolor fez 2 a 1 no Atlético-MG, nesta quinta-feira, no Maracanã, pela 32ª rodada, e manteve vivo o sonho de se manter na elite do futebol brasileiro.

Por outro lado, o Galo não apenas perdeu como viu o Palmeiras vencer o Goiás e abrir quatro pontos de vantagem no topo da tabela. Com 53 pontos, o time mineiro caiu para a terceira colocação e volta a jogar fora de casa na próxima rodada: contra o Esmeraldino, domingo, às 16h, no Serra Dourada, em Goiânia.

Na parte de baixo da tabela, a distância do Flu para o Botafogo, primeira equipe fora do Z-4, segue a mesma, de cinco pontos. Entretanto, a vitória serve como uma injeção de ânimo para os tricolores, que chegam a seis partidas sem derrotas e aos 30 pontos na competição, apesar de ainda se manterem na lanterna. Com a mesma pontuação, o Sport leva vantagem no número de vitórias: 7 a 6. Na próxima rodada, o compromisso tricolor é contra o Cruzeiro, também domingo, às 16h, no Mineirão.

Mais bem disposto, Flu abre o placar com Fred

Com postura digna de quem briga pela liderança, o Fluminense começou o jogo partindo para cima do Atlético-MG e deixou o adversário acuado como um lanterna. Marcando forte, o Tricolor se mantinha no campo de ataque, mas criava pouco. Maicon, em velocidade pela direita, era o jogador mais efetivo. Entretanto, não foi capaz de criar lances de perigo.

A inoperância dos donos da casa fez com que o Atlético-MG passasse a se arriscar mais na frente. Aos nove, Thiago Feltri apareceu bem pela esquerda e cruzou para Diego Tardelli, que tentou escorar para o gol e foi travado por Gum. No minuto seguinte, Jorge Luiz deu o primeiro sinal de que não estava em seus melhores dias. Ao tentar recuar para Carini, o zagueiro desviou do goleiro uruguaio, mas conseguiu se recuperar.

Aos 13 minutos, Tardelli teve mais uma oportunidade e, apesar de Cuca dizer que não faria marcação individual, percebeu que Gum não sairia da sua cola. O atacante recebeu de Carlos Alberto e emendou de primeira. A bola parou no zagueiro novamente.

Apesar de mais organizado, o Atlético-MG sofria com a falta de ritmo de Ricardinho, muito mal em campo. Foi quando o Flu voltou a impor seu ritmo veloz e tomou conta da partida. Aos 21, Diguinho arriscou de longe, e Carini só olhou, torcendo para que a bola saísse à esquerda de seu gol. Em seguida, quem tentou de fora da área foi Maicon, também levando perigo.

Esperança tricolor, Fred apareceu bem pela primeira vez aos 30. Ele recebeu de costas para o gol, girou rápido, mas errou o alvo. Três minutos depois, não teve perdão. Maicon trocou de lado, fez boa jogada pela esquerda e tentou o cruzamento. Jorge Luiz esticou o braço e cometeu pênalti. Na cobrança, Fred fez a paradinha deslocou Carini: 1 a 0 e corações “jogados” para a torcida na comemoração.

O Fluminense seguiu no ataque. Aos 36, Mariano descolou bom cruzamento, e Gum apareceu como uma flecha para testar rente ao travessão. Apático, o Galo ressurgiu aos 45 com um chute sem direção de Éder Luís. Nada que assustasse Rafael, que deixou o campo no intervalo exaltando a atuação tricolor.

- Está lindo ver o time jogar.

Gol-relâmpago garante vitória tricolor

Na volta para o segundo tempo, o futebol do Fluminense continuou sendo “lindo”. Logo aos 50 segundos, a dupla de argentinos funcionou. Equi Gonzalez encontrou Conca livre na grande área. O meia dominou, levantou a cabeça e deslocou Carini para ampliar.

A vantagem, no entanto, fez o Tricolor recuar e chamar o Galo para o ataque. Aos cinco minutos, Ricardinho cobrou falta com perigo e Rafael fez boa defesa. Dois minutos depois, o castigo. Após cobrança de escanteio, o goleiro tricolor falhou e deixou a bola na cabeça de Diego Tardelli, que só escorou para marcar o 17º gol no Brasileirão e se isolar na artilharia. Pouco depois, Márcio Araújo chutou de muito longe e assustou.

Com o jogo novamente equilibrado, o Fluminense se arrumou defensivamente e passou a apostar nos contra-ataques. Aos 15, Fred fez o papel de pivô e rolou para Mariano soltar uma bomba e tirar tinta da trave. Na sequência, quem concluiu com perigo foi Maicon, em jogada individual pela direita.

Com a partida novamente controlada, o Tricolor quase entregou aos 22. Dieguinho se enrolou todo ao tentar fazer o corte de cabeça e presenteou Éder Luis. O atacante atleticano invadiu a área, mas tocou fraco nas mãos de Rafael. Em contragolpes velozes, o time carioca por muito pouco não fez o terceiro aos 28. Mariano cruzou na medida e Fred cabeceou com firmeza. Carini operou um verdadeiro milagre.

O goleiro uruguaio voltou a aparecer com destaque aos 33 após bomba de Fred dentro da área. No desespero, Tardelli passou a tentar resolver a partida sozinho e, aos 35, chutou forte de longe para a defesa de Rafael. Foi o suspiro final do Galo, que perdeu Jorge Luiz expulso e viu o sonho de assumir a liderança ir por água abaixo.
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