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PSOL aponta irregularidades na campanha de Yeda em 2006 no RS
G1
O PSOL do Rio Grande do Sul afirmou em coletiva de imprensa na noite de quinta-feira (19) que a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), e integrantes do governo cometeram irregularidades durante a campanha eleitoral de 2006.
Segundo o PSOL, não foram declarados fundos arrecadados e ocorreu a distribuição de "mensalinhos".
Na sede estadual do partido, em Porto Alegre, o presidente regional da sigla, Roberto Robaina, a deputada federal Luciana Genro e o vereador e advogado do partido Pedro Ruas disseram que formaram convicção a partir de documentos como áudios, vídeos e transcrição de depoimentos que integram o processo contra os réus da Operação Rodin, em tramitação na Justiça Federal. O partido, no entanto, não apresentou provas.
Segundo a denúncia, há áudios e vídeos mostrando representantes de empresas de engenharia, construção civil e fumageiras entregando R$ 1 milhão de contribuições à campanha de 2006, sem registros, a pessoas próximas à governadora, entre as quais o empresário Lair Ferst e o ex-secretário da Fazenda Aod Cunha. Outra gravação mostraria o deputado federal José Otávio Germano doando R$ 400 mil e afirmando que ficaria com "crédito político".
MP e governo negam
O procurador da República Adriano Raldi, integrante da Força-Tarefa do Ministério Público Federal, que acompanha o desdobramento da Operação Rodin, negou, por sua assessoria de imprensa, que o PSOL tenha tido acesso aos documentos e que os depoimentos, áudios e vídeos citados na entrevista façam parte do processo.
O governo do estado emitiu nota em que diz simplesmente que "as declarações do PSOL foram desmentidas pelo Ministério Público Federal".
"Em resposta às demandas recebidas da imprensa, o Palácio Piratini informa que as declarações que o PSOL deu em entrevista coletiva, foram desmentidas pelo Ministério Público Federal."