A ameaça do Hospital Geral Universitário (HGU) de cessar os atendimentos de alta complexidade chamou a atenção dos parlamentares do Estado e convocaram o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, e o diretor-geral do Hospital Geral Universitário (HGU), Vander Fernandes, para debater o assunto. A reunião ocorreu na tarde desta terça-feira na Assembleia Legislativa.

De acordo com o secretário Augustinho Moro, a alegação do hospital para tal medida é de que a Prefeitura de Cuiabá não tem feito os repasses financeiros, inviabilizando o atendimento. Informou também que os contratos são datados de 2005 e, até o momento, houve ampliação da oferta de serviços. “Viemos aqui apresentar o problema que nos foi colocado e pedir o apoio dos deputados”, afirmou Moro.

O secretário explicou ainda que o município possui gestão plena e que o Estado faz um repasse mensal de R$ 2,6 milhões, sendo R$ 1,3 milhões destinados ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) e R$ 1,3 milhões para os leitos das Unidades de Terapias Intensivas (UTI). “Uma das soluções seria o Estado assumir a prestação dos serviços de alta complexidade. Agora temos que sentar e conversar com a Prefeitura para encontrar uma saída”, salientou.

Para o deputado José Riva, a situação é extremamente delicada e, se o HGU fechar às portas, o caos na Saúde será ainda maior. “A situação é crítica. Há uma demanda superior a 1,5 mil cirurgias ortopédicas que ainda não foram feitas. Isso causa prejuízos para todos. A pessoa que não foi atendida e que poderá acionar na Justiça tanto o Estado quanto o Município. É necessária uma discussão mais profunda. Quem saber fazer um mutirão com a rede privada”, sugeriu o presidente.

Participaram da reunião os deputados Wallace Guimarães, presidente da Comissão de Saúde, Guilherme Maluf, vice-presidente da Comissão, Antônio Brito, Mauro Savi, Percival Muniz, Adalto de Freitas, Hermínio J. Barreto, José Domingos Fraga e Airton Rondina.