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Notícias / Informática & Tecnologia

Rivalidade de plataformas atrasa convergência de celulares

Terra

Symbios, iPhone OS, Android, Windows Phone ou Palm OS? Para o consumidor final, em tese faria pouca diferença qual é o sistema operacional usado no seu celular. Mas, na prática, esse amontoado de teconologias concorrentes complica sua capacidade de interagir com outros usuários.

A corrida para levar à telefonia móvel os mesmos recursos multimídia da internet criou um cenário de competição onde a cada dia as empresas gastam milhões desenvolvendo novas plataformas, sem que isso acarrete em benefício direto aos clientes. Essa situação foi um dos temas mais relevantes discutidos durante toda a semana no GSMA Mobile World Congress, o maior evento mundial do mercado de celulares, que destacou a importância estratégica da indústria em promover a convergência de plataformas o mais rapidamente possível.

Embora a tônica do evento tenha sido a interconectividade, o que se viu foi uma demonstração de força entre os principais sistemas operacionais. Logo na entrada da feira encontrava-se o estande da Symban Foundation, uma iniciativa de fomento e promoção do sistema operacional que tem entre seus principais apoiadores a Nokia. O objetivo da organização é reunir associados para desenvolver seu código-fonte, que promete ser aberto dentro de dois anos. Dependendo do grau de envolvimento, a empresa parceira pode garantir direitos de exclusividade e proteção de direitos em partes do sistema. Atualmente já estão inscritas 78 companhias de diversos setores, como Visa, Bank of America ou MySpace, além de fabricantes de aparelhos e compononentes.

Paralelamente, outros concorrentes aproveitaram para expor seu alcance durante a feira. A Vodafone, maior operadora mundial em faturamento, anunciou a adesão ao Android, novo sistema desenvolvido pelo Google sobre a plataforma Linux. O CEO da divisão de celulares da AT&T, Ralph de la Vega, apontou para a importância da indústria em acelerar a convergência de sistemas, lembrando o que se passou no mercado norte-americano de SMS, que só deslanchou quando todos os operadores interconetaram seus sistemas.

Steve Ballmer, CEO da Microsoft, que passou a adotar a marca Windows Phone visando abocanhar 40% do mercado mundial nos próximos anos, deixou claro que isso nao será tão fácil assim. "O grau de abertura (dos sistemas) será diferente em tempo e abrangência, dependendo de cada companhia", salientou.

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