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"Não aceito debater com um terrorista", diz ministro da Defesa da Itália sobre Battisti

Ansa

O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, disse que não discutirá "com um terrorista", referindo-se ao ex-ativista Cesare Battisti, que aguarda no Brasil a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o pedido de extradição feito pelo governo italiano.

"Não aceito debater com um terrorista. Cesare Battisti será objeto da minha atenção quando estiver em prisões do nosso país", declarou La Russa. O ministro também pediu para o ex-ativista de esquerda começar a "respeitar as sentenças da magistratura" do seu país e reconhecer a sua "conduta terrorista, que custou dor a tantas famílias".

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando era militante do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Em 1981, o ex-ativista fugiu de uma prisão italiana e viveu em outros países até ser detido no Brasil em 2007, onde já estava há três anos.

Em janeiro passado, o ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu o status de refugiado político ao italiano, o que inviabilizaria o pedido de extradição. O caso agora é analisado pelo STF, que na próxima semana, dia 12, retoma o julgamento.

A primeira audiência do Supremo foi interrompida após o pedido de vista feito pelo ministro Marco Aurélio Mello. A sessão terminou com quatro votos a favor da extradição e três a favor pela permanência de Battisti no país.

Além de Marco Aurélio, falta o voto do presidente do STF, Gilmar Mendes, e ainda não se sabe se o ministro José Antonio Dias Toffoli, novo membro da Casa, participará do julgamento.
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