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Sarney diz que vai exonerar todos os funcionários-fantasma do Senado

Folha Online

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), prometeu nesta segunda-feira exonerar os servidores da Casa que não responderam ao censo realizado pela instituição para recadastrar todos os seus funcionários --com o objetivo de identificar eventuais "fantasmas". Sarney disse ter recebido a informação de que 31 servidores não se recadastraram até a última sexta-feira, quando terminou o prazo para o envio de dados ao censo.

Segundo Sarney, os servidores terão um "prazo pequeno" para se apresentarem à Casa. Se não atenderem ao chamado, serão exonerados dos quadros do Senado.

"Aqueles que não se apresentaram, a providência que vamos tomar imediatamente é já esse mês cortar os salários e, em seguida, nós vamos dar um prazo muito pequeno para que as pessoas se apresentem. Desde que não se apresentem, partiremos para demitir", afirmou.

O presidente do Senado disse que autorizou a divulgação dos nomes dos servidores, embora oficialmente a Casa ainda não tenha até agora tornado públicos os números finais do censo.

A expectativa é que o Senado instaure hoje processo administrativo contra os servidores efetivos e comissionados que não participaram do recadastramento. A medida deve ser aplicada aos funcionários que recebem salário mensalmente dos cofres da Casa e que ainda não participaram do censo.

Os servidores serão alvo de uma sindicância e devem ficar com os salários congelados até a conclusão dos processos. A punição para esses funcionários vai de advertência até a demissão.

A ideia do comando do Senado é utilizar o censo para identificar funcionários-fantasma que estariam recebendo salários sem trabalhar. O senador João Vicente Claudino (PTB-PI) demitiu a servidora Wanda de França Avelino. Segundo a assessoria do senador, a exoneração ocorreu na semana passada. Wanda recebia R$ 1,7 mil como assistente parlamentar, mas trabalhava em um restaurante em Teresina.
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