A Polícia Civil de Mato Grosso acredita que não há relação entre os assaltoa as agências do Banco do Brasil, no município de Alto Taquari (a 479 km ao Sul de Cuiabá), em 17 de fevereiro, e o outro ocorrido quase uma semana antes, em Nova Mutum (264 km Norte da capital). O delegado do Interior da Polícia Civil, Jales Batista, diz que a forma de atuação dos criminosos é semelhante nos dois casos, no entanto, as chances de haver uma relação entre eles são mínimas.

Isso porque,  segundo o delegado,  todos os acusados de envolvimento no assalto em Ato Taquari já foram identificados, somando num total de sete. Os nomes dos assaltantes, no entanto, estão sendo mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações.

Dois deles foram presos, no início da semana, no município de Costa Rica (MS) e identificados como Nelson Bento dos Santos (53) e Cláudio Petrônio da Silva (28). Conforme o delegado, os dois também são acusados de roubos praticados tanto na Costa Rica, como na cidade de Pedro Gomes (MS).

“Com as prisões vamos esclarecer a ligação de crimes ocorridos em outros estados e ainda sabemos que os dois não são os executores do assalto em Alto Taquari, mas sim, membros efetivos da quadrilha”, explicou o delegado. Ele destaca ainda que a quadrilha obtinha informações ‘privilegiadas’ com pessoas infiltradas que faziam a conexão direta com os bandidos.

Em agosto do ano passado, bandidos invadiram o banco de Costa Rica e em Pedro Gomes, a ação foi praticada em dezembro de 2007. Como as ações praticadas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul eram semelhantes, a polícia desde o primeiro momento, apontou a possibilidade de serem integrantes da mesma quadrilha.

O delegado disse ainda que uma equipe da Polícia Civil de Mato Grosso está acompanhando as investigações no estado vizinho. Até o momento ainda não há informações sobre qual o valor levado da agência bancária pelos assaltantes. Pelo fato de terem pegado diversos documentos juntamente com o dinheiro, ainda não foi possível verificar o valor total roubado. Já em Nova Mutum, os ladrões levaram o montante de R$ 900 mil.

Prisão

Jales Batista ressalta que com a identificação dos bandidos, novas prisões poderão ocorrer a qualquer momento e que falta apenas a localização exata dos acusados. Os assaltos no interior do Estado parecem estar cada vez mais intensos. Mas na avaliação do delegado, são ações sem sucessos. Para ele, trata-se de organizações criminosas que se infiltram nas cidades menores, realizam levantamentos e praticam os assaltos.

Cercos continuam sendo realizados na região, na tentativa de encontrar o esconderijo da quadrilha. Além segundo o delegado a polícia está preparada para enfrentar todos os combates com as organizações criminosas, principalmente no que se refere ao armamento utilizado e ainda a tecnologia. “Estamos preparados para todos os confrontos. Temos grupos que trabalham com a competência e ainda com a tecnologia para a agilidade”, pontua o delegado. 

Nova Mutum

Cerca de oito homens fortemente armados invadiram o Banco do Brasil, no dia 9 de fevereiro, em Nova Mutum, e  renderam funcionários e clientes.  Os assaltantes dispararam vários tiros contra a Polícia, aproveitando a barreira. Cinco deles já foram identificados, sendo que quatro estão presos na Penitenciária Central de Cuiabá e um morreu durante a troca de tiros com a polícia. Entretanto, três continuam foragidos, mas o delegado diz que já foram identificados.