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Sem a oposição, Gabrielli fala sobre denúncias na CPI da Petrobras

G1

Sem a participação dos integrantes de oposição, a reunião da CPI da Petrobras, que contou com a presença do presidente da estatal, Sergio Gabrielli, na tarde desta terça-feira (10), foi marcada por sorrisos e piadas entre os senadores, em um clima de total domínio da base governista.

No começo da tarde, integrantes das bancadas do DEM e do PSDB anunciaram a saída da comissão que investiga denúncias contra a petrolífera. Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA), Álvaro Dias (PSDB-PR) e Sérgio Guerra (PSDB-PE) deixaram a comissão sob o argumento de que os trabalhos da CPI estariam paralisados por manobras dos integrantes da base do governo. Eles decidiram apresentar à Procuradoria Geral da República (PGR) 18 representações que apontariam irregularidades na Petrobras. As denúncias, colhidas pela CPI, serão protocoladas nesta quarta-feira (11) e farão parte de um relatório final paralelo que a oposição prepara para apresentar.

Sem ser questionado pelos sete senadores da base do governo que acompanharam o depoimento, Gabrielli comentou sobre um conjunto de cinco denúncias contra a estatal. Ele justificou a manobra contábil que teria favorecido a Petrobras como "uma prática comum, adotada por várias empresas". Depois falou sobre as denúncias de irregularidades em patrocínios da estatal, lembrando critérios de "seleção dos projetos patrocinados, o interesse comum entre as partes e o retorno de imagem e fortalecimento da reputação da marca Petrobras" a partir dos convênios de patrocínio.

Sobre os indícios de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, uma das denúncias consideradas graves pela oposição, Gabrielli lembrou que a última refinaria foi construída no país em 1980, lembrou que a estatal prestou esclarecimentos ao Tribunal de Contas da União (TCU), que constatou irregularidades nas obras, e valorizou o empreendimento dizendo que houve um "aquecimento da indústria de petróleo".

Com relação à Operação "Águas Profundas", da Polícia Federal, que investigou fraudes em licitações para reforma de plataformas, o presidente da Petrobras lembrou que a própria gestão da estatal colaborou com as investigações: "Participamos intensamente do início das investigações da operação, tivemos intensa colaboração da nossa auditoria com as autoridades que estavam fazendo as investigações e, uma vez tornada pública essa investigação, redobramos a nossa investigação interna."
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