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Notícias / Economia

Motivos políticos param termelétrica de Cuiabá, diz Garcia

Da Redação - Lucas Bólico

A Termelétrica de Cuiabá (Mário Covas), que poderia ter abastecido a Grande Cuiabá durante o apagão ocorrido na noite desta terça-feira (10), está fechada há mais dois anos por motivações políticas do governo boliviano. Quem sustenta esta afirmação é o diretor-presidente da empresa Pantanal Energia (EPE), que administra a usina, Fábio Garcia.

Fechada em setembro de 2007, a usina continua inerte e sem perspectivas de voltar a atuar devido à decisão do governo da Bolívia, que cortou o fornecimento de gás unilateralmente. “A solução do problema passa por uma questão política, no sentido de o governo boliviano tratar a termelétrica de Cuiabá como prioridade, assim como trata a Petrobras e as termelétricas argentinas”, argumentou Fábio Garcia em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Garcia também explica que a usina tentou todos os meios burocráticos que lhe cabia para tentar voltar à atividade, mas não foi o suficiente. “Já tentamos todas as vias comerciais”, enfatizou.

O apagão ocorrido na última noite foi decorrência de uma queda de três linhas de energia da hidrelétrica de Itaipu e afetou, segundo dados oficiais, 18 estados incluindo Mato Grosso. Contudo, Fábio Garcia defende que o sistema totalmente interligado de transmissão de energia utilizado no país é o adequado. “É um modelo muito eficiente, garante ao consumidor energia mais barata”.
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