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Notícias / Ciência & Saúde

Vereadores discutem sobre impasses da Nefrologia

De Rondonópolis - Dayane Pozzer

Os vereadores Fábio Cardozo (PR) e Reginaldo Souza dos Santos (PPS) fizeram na manhã de hoje uma visita ao Centro de Nefrologia de Rondonópolis e constataram problemas técnicos na unidade. As declarações sobre o que viram no local foram rebatidas pelo vereador Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulô (PMDB), líder do prefeito na Câmara Municipal, que chamou Cardozo de mentiroso e ainda disse que seu professor Adilton Sachetti teria o ensinado a mentir.

Os parlamentares apontaram que o gerador de energia não está funcionando, bem como uma máquina de osmoze, que filtra a água. Eles relataram também que o projeto de lei que prevê mudanças nos contratos dos funcionários com a saída do Consórcio Regional de Saúde da gestão, que começou a ser discutido em setembro, ainda não foi entregue à Câmara Municipal.

Além disso, Cardozo denunciou que um fornecedor de materiais importantes para o funcionamento da clínica está com pagamento atrasado e uma enfermeira com mais de oito anos de experiência foi demitida sem motivo concreto.

Cardozo colocou também que o problema das fístolas nos pacientes ainda não foi resolvido, conforme previa o Termo de Ajuste de Conduta firmado entre município e Ministério Público na mesma época. “O município assinou um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público e não cumpriu com nada até agora. Não há número suficiente de fístolas e os pacientes têm que ficar com catéter no pescoço. A providência tem que ser tomada pelo Executivo”, apontou o vereador.

Fulô afirmou que o gerador de energia está queimado desde a gestão passada e que o município comprou uma máquina nova de osmoze, que é a única que funciona na unidade.

Para o vereador Reginaldo, por ser um serviço de alta complexidade, o Executivo deve resolver a questão o mais rápido possível. “Se antes estava queimado ou não, eu não sei. Só sei que como representante que sou hoje tenho que cobrar uma solução. Os pacientes precisam ser tratados com carinho”, afirmou.

Estado não assinou TAC


Segundo o secretário de Saúde, Valdecir Feltrin, a Secretaria Estadual de Saúde não aceitou o acordo com relação à ampliação do Centro de Nefrologia, onde o Estado e município dividiriam os custos meio a meio. Conforme o secretário, a proposta foi a de terceirizar os serviços de nefrologia do município e ainda manter a unidade que já existe.

“Eles preferem terceirizar do quarto turno em diante e nós continuaríamos atendendo três turnos. Não querem disponibilizar o dinheiro para a obra e acham que com a terceirização seria mais rápido”, explicou Feltrin. Ele acredita que o ajuste ficaria pronto em seis meses, mas alertou que o credenciamento da empresa com o Sistema Único de Saúde pode demorar mais tempo.

Sobre o projeto de lei que prevê as mudanças nas questões de contratação, o secretário garantiu que será encaminhado na próxima semana para votação na Câmara. Com relação ao gerador e à máquina de osmoze, o responsável pela pasta também afirmou que serão consertados. No caso da máquina, Feltrin disse que uma nova bomba d’ água foi comprada e que deve chegar e ser instalada em breve.
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